26/06/2013 14h58 - Atualizado em 26/06/2013 15h54

Augustin não é coordenador político da campanha de Dilma, diz Mantega

'Ele é só o secretário do Tesouro', afirmou o ministro da Fazenda.
Deputado questionou atuação do secretário nos limites de endividamento.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira (26) que o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, não é coordenador político da campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição em 2014. "Ele é só o secretário do Tesouro", disse, em resposta ao deputado Nelson Marchezan (PSDB/RS).

Em sua indagação ao ministro da Fazenda, Marchezan questionou se seria correto o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, responsável pela liberação de limites de endividamento para os estados brasileiros, atuar como coordenador da campanha política – especulação publicada em alguns veículos de imprensa. "É correto manter os dois cargos e sentar com o governador e ao mesmo tempo dizer se o Tesouro vai autorizar ele a tomar crédito ou não. E perguntar se ele vai apoiar a Dilma ou não", questionou ele.

Guido Mantega, por sua vez, respondeu que a acusação ao secretário do Tesouro é "injusta". "Não é arbítrio dele liberar recursos para os estados. Há um sistema em que um estado solicita ao Tesouro para que mande uma missão para verificar as contas do estado. Se diminuiu sua dívida, está apto a ter um crédito fiscal liberado. Eu supervisiono. Isso aqui é republicano", afirmou ele.

Segundo o ministro da Fazenda, alguns estados comandados por governadores da oposição, como São Paulo, Minas Gerais e Goiás, que tiveram um "comportamento fiscal adequado" e vem diminuindo sua dívida, têm tido maior espaço fiscal para endividamento, com vistas a implementar os investimentos necessários. "Temos um comportamento republicano em relação a isso. Queremos que todos estados façam mais investimentos e, ao mesmo tempo, mantenham o equilíbrio fiscal", concluiu.

No ano passado, o governo federal autorizou o aumento do limite de endividamento de quase todos os estados da federação. Em agosto de 2012, 17 estados foram contemplados. Depois, novas operações foram feitas. Rio Grande do Sul, Goiás e Minas Gerais, por exemplo, tiveram seus limites ampliados em R$ 9 bilhões, sendo R$ 6,1 bilhões para Minas Gerais, R$ 2,17 bilhões para Goiás e R$ 731 milhões para o Rio Grande do Sul.

veja também
Shopping
    busca de produtoscompare preços de