O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anunciou nesta segunda-feira (14) o nome dos quatro executivos que vão compor a diretoria da Pré-Sal Petróleo SA (PPSA), empresa que vai coordenar e fiscalizar a exploração de petróleo e gás nos campos do pré-sal pelo regime de partilha, entre eles o de Libra, que será leiloado no dia 21 de outubro.
Todos os quatro são ex-funcionários da Petrobras. O escolhido pela presidente Dilma Rousseff para presidir a PPSA é Oswaldo Pedrosa, engenheiro que, quando aceitou o convite do governo, atuava pela empresa HRT.
Além de Pedrosa, o ministro Edison Lobão apresentou o novo diretor técnico e de Fiscalização, Edson Yoshihito Nakagawa; o diretor de Gestão de Contratos, Renato Marcos Darros de Matos; e o diretor de Administração, Controle e Finanças, Antonio Cláudio Pereira da Silva.
Processo de seleção
De acordo com Lobão, os quatro começam a trabalhar “prontamente” e terão orçamento de R$ 15 milhões para “as necessidades mais urgentes” na formação da empresa.
O processo de escolha dos diretores levou mais tempo do que esperava a presidente – o anúncio oficial dos nomes acontece apenas uma semana antes do leilão do campo de Libra, marcado para o dia 21 de outubro e que será o primeiro do pré-sal sob o regime de partilha.
De acordo com uma fonte do governo, a principal razão da demora é a demanda por executivos aquecida na área de petróleo e gás no país – o que teria dificultado a tarefa de tirar profissionais das empresas privadas.
Em entrevista em 1º de outubro, o próprio ministro Edison Lobão admitiu a dificuldade ao relatar que três executivos escolhidos pela presidente Dilma Rousseff e procurados pelo governo para presidir a PPSA, haviam recusado a oferta.
Diálogo com a Petrobras
Na sua primeira declaração como presidente da PPSA, Oswaldo Pedrosa disse que a estatal vai estar aberta a “buscar entedimento” com a Petrobras em relação à exploração dos campos sob o regime de partilha.
“Sempre vai haver espaço e procedimentos que vão permitir que a PPSA, visando esse objetivo [de maximizar os lucros da exploração], possa buscar entendimento no mais elevado nível possível com a operadora do pré-sal, que é a Petrobras”, disse ele.
“Tem que existir uma convergência de interesses entre a Petrobras e seus associados. Temos a função de fiscalizar o operador do pré-sal para garantir que os principais objetivos de uma empresa como essa sejam alcançados”, completou ele.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, Pedrosa é graduado em engenharia mecânica pela Universidade Federal Fluminense, com doutorado em engenharia do petróleo na Universidade Stanford, nos EUA. Começou a trabalhar na Petrobras em 1973 e, depois, atuou na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) como superintendente de Desenvolvimento da Produção.
