14/10/2013 15h54 - Atualizado em 14/10/2013 16h48

Líderes do Senado dos EUA dizem que acordo fiscal se aproxima

Obama e seu vice irão se reunir com Congresso sobre impasse fiscal.
Políticos têm de chegar a um acordo para elevar o teto até quinta-feira (17).

Do G1, em São Paulo

Uma barreira de trânsito com a palavra “pare” no lado Senado, no Capitólio dos EUA, em Washington, nesta terça-feira (1º) (Foto: Jonathan Ernst/Reuters)Uma barreira de trânsito com a palavra “pare” no
Capitólio dos EUA no dia 1º
(Foto: Jonathan Ernst/Reuters)

Os líderes do Senado dos Estados Unidos disseram nesta segunda-feira (14) que estão se aproximando de um acordo para reabrir o governo e elevar o limite da dívida norte-americana.

Os líderes democrata Harry Reid e republicano Mitch McConnell, que iniciaram conversações no sábado, apareceram juntos no plenário do Senado para expressar otimismo de que um acordo pode ser finalizado nos próximos dias.

Se a proposta for aprovada no Senado, comandado pelos democratas, irá então para a Câmara dos Deputados, liderada pelos republicanos.

Nesta segunda, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o vice-presidente Joe Biden teriam uma reunião com líderes do Congresso para discutir o impasse, mas o encontro foi adiado, para dar mais tempo ao Senado, diz a agência Reuters.

A Casa Branca informou que a reunião ocorreria às 16h (horário de Brasília). Estariam presentes o líder da maioria no Senado, Harry Reid, o líder republicano do Senado, Mitch McConnell, o presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, os principais republicanos em Washington, e a líder democrata da Câmara, Nancy Pelosi.

A Casa Branca disse que, com o tempo se esgotando, Obama deixará clara a necessidade do Congresso de agir e ressaltará que não será obrigado a aceitar as concessões dos membros conservadores do partido Tea Party. O país atinge o limite de empréstimo na quinta-feira.

"O presidente também irá reiterar nossos princípios aos líderes: não vamos pagar um resgate para o Congresso reabrir o governo e elevar o teto da dívida", informou a Casa Branca. "O presidente continua a pedir que o Congresso aprove o projeto de lei que aumenta o teto da dívida e dá a certeza que nossos negócios e nossa economia precisam".

Acordo
Os políticos norte-americanos têm de chegar a um acordo para elevar o teto da dívida do governo antes do prazo final, quinta-feira (17). O Tesouro dos EUA ficará sem caixa se não houver um consenso.

O limite da dívida atual, de US$ 16,699 trilhões, foi alcançado em maio. Desde então, o Tesouro dos EUA tem usado recursos extraordinários para pagar as contas, mas o dinheiro se esgota no dia 17. Toda semana, o Tesouro também tem que refinanciar US$ 100 bilhões da dívida sob a forma de títulos do governo dos EUA, os chamados Treasure bonds.

A incapacidade de pagar tanto o principal de seus títulos que vencem como os juros dos bonds que estão em posse de investidores colocaria os EUA em situação de calote, ou "default", no jargão do mercado financeiro.

Perdas
O Secretário do Tesouro dos EUA, Jack Lew, estimou que a cada semana sem o orçamento novo, o país deixa de crescer 0,25%, em um ano para o qual se prevê uma economia em marcha lenta.

Desde o dia  1º de outubro, os serviços considerados não essenciais nos Estados Unidos estão paralisados, até que um acordo seja alcançado. Cerca de 800 mil trabalhadores federais estão em licença não remunerada. A medida também provocou o fechamento de museus e parques nacionais, o processamento de impostos, o pagamento de benefícios os pagamentos de subsídios agrícolas e as concessões de empréstimos.

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