As 12 maiores empresas de infraestrutura concentram mais de um quarto das obras realizadas no país em 2011, aponta pesquisa da Indústria da construção civil, divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o estudo, a participação das 12 maiores empresas do setor no total das obras cresceu de 26%, em 2007, para 28,9%, em 2011.
Entre as 9,2 mil empresas de obras de infraestrutura, essas “doze grandes” ocupavam, em média, 17.306 pessoas cada uma em 2011 e pagavam salários de R$ 2.981, enquanto que nas demais empresas a média era de apenas 42 pessoas ocupadas e salários de R$ 1.249. O levantamento não informa os nomes das empresas.
Segundo o IBGE, as grandes do setor fizeram obras com valor médio de R$ 2,9 bilhões, enquanto nas demais empresas o valor médio por obra foi de R$ 5,2 milhões.
A pesquisa aponta que o valor das obras cresceu 4,5% em relação a 2010. Em 2011, as 92,7 mil empresas do setor realizaram incorporações, obras e serviços no valor de R$ 286,6 bilhões, ante R$ 257,3 bilhões em 2010. Na comparação com 2007 a alta foi de 63,1% (R$ 130,1 bilhões).
Do total aplicado em 2011, R$ 12,4 bilhões foram incorporações e R$ 274,2 bilhões foram obras e serviços da construção, dos quais R$ 104,9 bilhões são obras contratadas por entidades públicas, representando 38,3% do total das construções. A receita operacional líquida foi de R$ 268,5 bilhões, como aumento real de 3,2% em relação a 2010 (R$ 244,2 bilhões) e de 59,8% em relação a 2007 (R$ 124,5 bilhões).
Número de trabalhadores aumentou 7,7%
As empresas da construção empregaram 2,7 milhões de pessoas em 2011. O levantamento mostra ainda que o número de pessoas ocupadas pela indústria da construção cresceu 7,7% (190 mil pessoas) em relação a 2010 e 69,4% (1,1 milhão) em relação a 2007.
Os gastos com salários, retiradas e outras remunerações atingiram R$ 49,9 bilhões. Já o salário médio subiu 3,8%, para R$ 1.437.
Embora o Sudeste continue liderando o setor, entre 2007 e 2011 o Nordeste mostrou os
maiores aumentos de participação em pessoal ocupado (3,0 pontos percentuais) e no
valor das incorporações, obras e serviços da construção (2,0 pontos percentuais).