(Foto: Reprodução/TV Globo)
Após mais de 20 horas ocupação, manifestantes deixaram a Câmara Municipal de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, na tarde desta sexta-feira (28). Eles fizeram um acordo para que ninguém fosse preso e ainda marcaram novas reuniões com os representantes do Legisltativo.
O prédio da Câmara Municipal foi cercado por cem policiais. A água e a luz foram cortadas. A todo momento, algum manifestante ia até a janela para conversar. Durante o dia, do lado de fora, pessoas chegavam com água e comida para o grupo, mas ninguém estava autorizado a entrar.
A sede do Lesgilativo municipal ficou ocupada desde as 17h30 desta quinta-feira. Os manifestantes entraram no local depois de uma passeata pelas ruas do Centro. Era o quinto dia de protestos na cidade.
Durante um ato público realizado nas escadarias do prédio, o presidente da Câmara entregou um documento com o pronunciamento oficial do Legislativo em resposta aos pedidos dos manifestantes. Entre os temas abordados, a redução da tarifa de ônibus, que é de R$ 2,05, e a redução dos salários dos vereadores.
Um grupo que não teria ficado satisfeito com as respostas permaneceu no prédio. A sessão ordinária foi suspensa e os vereadores deixaram o local. Os manifestantes ocuparam a mesa diretora.
Passava das 21h30 quando a polícia e os organizadores do protesto chegaram a um acordo: 20 manifestantes passariam a noite dentro da Câmara Municipal. Outro grupo seguiu pelas ruas da cidade, reunindo cerca de 400 pessoas, de acordo com a Polícia Militar.
As negociações para a retirada dos manifestantes começaram já na manhã desta sexta e envolveram representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ministério Público e vereadores. Enquanto os manifestantes estiveram na sede da Câmara, a bandeira da cidade foi retirada do mastro, uma bíblia foi rasgada. Após o fim da ocupação, o prédio foi fechado para perícia.