16/10/2013 08h14 - Atualizado em 16/10/2013 09h22

A poucas horas do fim do prazo, EUA ainda não têm acordo sobre dívida

Congresso precisa aprovar o aumento do teto da dívida para evitar calote.
Prazo termina à 0h desta quinta-feira (17).

Do G1, em São Paulo

O prazo para o Congresso norte-americano aprovar o aumento do teto da dívida dos Estados Unidos acaba à 0h desta quinta-feira (17) e, até a manhã desta quarta-feira (16), os legisladores não haviam chegada a um acordo.

Na noite de terça-feira (15), os líderes do Senado do país voltaram a discutir um acordo para aumentar o limite da dívida e reabrir as agências federais que foram fechadas por duas semanas. Os legisladores retomaram as negociações após as tentativas da Câmara dos Deputados falharem.

Assessores do Senado disseram que um acordo estava próximo de ocorrer, mas detalhes do texto ainda deveriam ser debatidos, segundo a agência Reuters. Com isso, as esperanças iniciais de que um acordo pudesse ser anunciado na noite de terça-feira não viraram realidade.

O presidente Barack Obama deverá se encontrar com o secretário do Tesouro, Jack Lew, nesta quarta, perto das 13h30 (horário de Brasília).

Sem um acordo, o Tesouro norte-americano ficará sem caixa para pagar suas dívidas com credores (juros de títulos), bem como benefícios sociais e corre o risco de dar calote - o que seria um fato histórico.

Em maio deste ano, os Estados Unidos atingiram o limite seu limite de endividamento, US$ 16,699 trilhões, mas avisou que, até o dia 17 de outubro teria "recursos extraordinários" para continuar pagando suas contas.

Em meio ao caos, a agência Fitch Ratings alertou que pode reduzir a nota de crédito dos Estados Unidos de AAA, citando como motivo a provocação política sobre a elevação do teto da dívida federal. De acordo com a agência, os Estados Unidos ainda teriam capacidade de fazer pagamento por apenas mais uns dias depois do dia 17 de outubro.

O líder da maioria no Senado, Harry Reid, e o líder republicano, Mitch McConnell, tentavam discutir maneiras de evitar obstáculos processuais que poderiam retardar a medida, disse à CNN a senadora democrata Heidi Heitkamp.

Imagem da sede do governo dos EUA refletida na água é feita do 15º dia de paralisação por falta de acordo. (Foto: Mark Wilson/Getty Images/AFP)Imagem da sede do governo dos EUA refletida na água é feita do 15º dia de paralisação por falta de acordo. (Foto: Mark Wilson/Getty Images/AFP)

O acordo vindo do Senado serviria para financiar o governo até 15 de janeiro de 2014 e suspender o teto da dívida até 7 de fevereiro de 2014. O Departamento do Tesouro poderia usar as chamadas medidas extraordinárias para atrasar o default - jargão para calote no mercado financeiro - por mais um mês.

Andamento
O Senado dos Estados Unidos fará um último esforço nesta quarta-feira para evitar um lapso histórico na capacidade de endividamento do governo.

Depois de um dia de negociações complicadas, os líderes democrata e republicano no Senado disseram estar perto de chegar a um acordo sobre uma proposta para elevar o limite da dívida - e reabrir o governo parcialmente fechado - que será levada ao plenário da Casa nesta quarta-feira.

O destino do projeto permanece incerto na Câmara dos Deputados, controlada pelos republicanos, que fracassou duas vezes na terça-feira em tentativas de produzir um plano próprio.

O Senado tem sessão marcada para as 13h (horário de Brasília) desta quarta, e a Câmara para as 11h.

Com o limite de empréstimo do governo previsto para ser esgotado na quinta-feira, o líder da maioria do Senado, o democrata Harry Reid, e o líder republicano na Casa, Mitch McConnell, "estão muito perto" de um acordo, disse o deputado Chris Van Hollen, do Partido Democrata, à MSNBC na terça-feira à noite.

O senador democrata Heidi Heitkamp disse à CNN que o acordo "está de volta aos trilhos", após um dia de acontecimentos caóticos, que elevaram a tensão de muitos membros do Congresso e dos mercados financeiros globais.

Após semanas de disputas entre democratas e republicanos, a paralisação de agências federais e bastante turbulência para os mercados, o acordo em discussão --se, eventualmente, promulgado-- daria ao presidente Barack Obama o que ele exige há meses: um aumento do limite da dívida e a aprovação da lei de financiamento do governo.

O acordo estenderia a capacidade de empréstimos dos EUA até 7 de fevereiro, embora o Departamento do Tesouro tenha ferramentas para prolongar temporariamente sua capacidade de endividamento para além dessa data, se o Congresso não agir no início do próximo ano.

O projeto também financia agências do governo até 15 de janeiro, pondo fim a uma paralisação parcial que começou com o novo ano fiscal, em 1º de outubro.

 

 

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