29/10/2013 10h17 - Atualizado em 29/10/2013 10h19

Inflação de serviços sobe 0,39% e a de produtos cai 0,13% em agosto

Pesquisa da Fecomercio avalia preços na Região Metropolitana de SP.
Em agosto, Custo de Vida por Classe Social subiu 0,12%.

Do G1, em São Paulo

A inflação de serviços voltou a acelerar em agosto, enquanto a de produtos teve deflação no comércio varejista na Região Metropolitana de São Paulo, de acordo com os indicadores da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) divulgados nesta terça-feira (29).

Em agosto, o Índice de Preços de Serviços (IPS) teve crescimento médio de 0,39% e o Índice de Preços do Varejo (IPV) diminuiu 0,13%, em relação a julho. O Custo de Vida por Classe Social (CVCS), que analisa o conjunto de preços dos produtos e dos serviços, apresentou aumento de 0,12%.

Dentre os serviços, as maiores variações em relação a julho foram constatadas nos seguintes grupos: artigos de residência (+1,73%), saúde e cuidados pessoais (+0,96%) e despesas pessoais (+0,72%).

Segundo a Fecomercio, a aceleração é “desconfortável”, pois em julho a inflação de serviços havia subido apenas 0,26%. Em agosto, o maior aumento nos preços ocorreu nos hotéis (+7,16%). A classe A (com renda superior a R$ 12.207,24) foi a que mais sofreu impacto no mês, com alta de 0,53%. Em 12 meses, a inflação sobre serviços alcançou 5,55%.

Considerando a inflação sobre produtos, as maiores quedas mensais foram medidas nos grupos transportes (-0,60%), habitação (-0,38%) e artigos de residência (-0,33%). Em termos anuais, o aumento dos preços é de 5,92%. Em agosto, a merluza foi o item com maior alta (+16,9%) no mês. A avaliação por classe social mostrou que as famílias da classe A foram as mais impactadas, com variação de 0,06%.

O CVCS ficou estável comparado com o aumento de 0,13% registrado em julho. A estabilidade em agosto foi balanceada pela alta nos grupos de despesas pessoais (+0,78%) e educação (+0,52%); e teve quedas nos quesitos transportes (-0,55%) e artigos do lar (-0,19%). A classe A sofreu o maior impacto e sentiu a alta de 0,31%. No acumulado de 12 meses, a inflação registrada sobre o conjunto de produtos e serviços foi de 5,74%.

Para a Fecomercio, os ajustes de política monetária estão surtindo efeitos positivos sobre a inflação. Além da percepção dos mercados de que o Banco Central está alerta aos riscos da inflação, a situação internacional tem contribuído para que a pressão cambial diminua. Com isso, as projeções indicam que até o fim do ano a inflação sobre produtos e serviços deva convergir para um patamar entre 5% e 5,5%.

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