A fila de caminhões no trecho da BR-277, em Guarapuava, na região central do Paraná, que está interditada por causa dos protestos de caminhoneiros desde as 17h de segunda-feira (1º), chegou a 12 quilômetros por volta das 12h desta terça-feira (2). Entre as reivindicações estão melhorias nas estradas do estado e os altos preços das tarifas de pedágio e dos combustíveis. A manifestação também é realizada em pelo menos sete estados brasileiros, entre eles São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os carros de passeio, ônibus e veículos de emergência ou com alimentos perecíveis estão sendo liberados pelos manifestantes. Ainda por volta das 10h, os manifestantes entraram em conflito e causaram tumulto na rodovia. Ninguém ficou ferido.
nesta terça (2) (Foto: Douglas Luis Kichel / Jornal Liberal)
Na PR-182, em Realeza, no sudoeste, os caminhoneiros voltaram a bloquear totalmente o trecho do km 460 por volta das 7h30 desta terça-feira. Na segunda-feira (1º), a rodovia só foi liberada depois de sete horas e o congestionamento chegou a 2 km em ambos os sentidos. Veículos de passeio, ônibus e caminhões com cargas perecíveis podem seguir viagem. Apenas as carretas e caminhões com cargas normais estão sendo retidos para engrossar o protesto.
Vitório Dário, caminhoneiro há 38 anos, reclama dos altos custos do transporte. "Quando a gente viaja para o Paraguai e para a Argentina, abastece o caminhão e paga R$ 1,60 pelo litro do óleo diesel, o mesmo produzido aqui no Brasil e vendido para os países vizinhos bem mais barato. Aqui no sudoeste, o óleo diesel custa na bomba R$ 2,35, e no Mato Grosso R$ 2,70. Um absurdo. Sem falar nas condições das estradas e na falta de locais seguros para a gente descansar ou usar o banheiro", reclama.
Na PR-445, entre Londrina e Cambé, o protesto começou às 11h e encerrou às 12h50. Às 12h, policiais rodoviários fecharam as alças de acesso entre a BR-369 e PR-445.