02/07/2013 10h49 - Atualizado em 02/07/2013 12h55

Protestos na BR-277 causam fila de mais de 10 km em Guarapuava

Rodovia no PR está fechada desde as 17h de segunda (1º), diz PRF.
Entre as reivindicações estão o preço dos pedágios e dos combustíveis.

Do G1 PR

BR-277 está interditada desde as 17 de segunda-feira (1º) (Foto: Tarcísio Silveira / RPC TV)BR-277 está interditada desde as 17 de segunda-feira (1º) (Foto: Tarcísio Silveira / RPC TV)

A fila de caminhões no trecho da BR-277, em Guarapuava, na região central do Paraná, que está interditada por causa dos protestos de caminhoneiros desde as 17h de segunda-feira (1º), chegou a 12 quilômetros por volta das 12h desta terça-feira (2). Entre as reivindicações estão melhorias nas estradas do estado e os altos preços das tarifas de pedágio e dos combustíveis. A manifestação também é realizada em pelo menos sete estados brasileiros, entre eles São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os carros de passeio, ônibus e veículos de emergência ou com alimentos perecíveis estão sendo liberados pelos manifestantes. Ainda por volta das 10h, os manifestantes entraram em conflito e causaram tumulto na rodovia. Ninguém ficou ferido.

Em Realeza, motoristas voltaram a bloquear a PR-182 (Foto: Douglas Luis Kichel / Jornal Liberal)Em Realeza, motoristas voltaram a bloquear a PR-182
nesta terça (2) (Foto: Douglas Luis Kichel / Jornal Liberal)

Na PR-182, em Realeza, no sudoeste, os caminhoneiros voltaram a bloquear totalmente o trecho do km 460 por volta das 7h30 desta terça-feira. Na segunda-feira (1º), a rodovia só foi liberada depois de sete horas e o congestionamento chegou a 2 km em ambos os sentidos. Veículos de passeio, ônibus e caminhões com cargas perecíveis podem seguir viagem. Apenas as carretas e caminhões com cargas normais estão sendo retidos para engrossar o protesto.

Vitório Dário, caminhoneiro há 38 anos, reclama dos altos custos do transporte. "Quando a gente viaja para o Paraguai e para a Argentina, abastece o caminhão e paga R$ 1,60 pelo litro do óleo diesel, o mesmo produzido aqui no Brasil e vendido para os países vizinhos bem mais barato. Aqui no sudoeste, o óleo diesel custa na bomba R$ 2,35, e no Mato Grosso R$ 2,70. Um absurdo. Sem falar nas condições das estradas e na falta de locais seguros para a gente descansar ou usar o banheiro", reclama.

Na PR-445, entre Londrina e Cambé, o protesto começou às 11h e encerrou às 12h50. Às 12h, policiais rodoviários fecharam as alças de acesso entre a BR-369 e PR-445.

Protesto na PR-445 começou por volta das 11h (Foto: Marcelo Bonomini / RPC TV)Protesto na PR-445 começou por volta das 11h (Foto: Marcelo Bonomini / RPC TV)

 

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