02/07/2013 05h58 - Atualizado em 02/07/2013 07h27

Ibama e Instituto Chico Mendes interditam garimpo ilegal no PA

Máquinas e equipamentos foram apreendidos em meio a muita destruição.
Várias comunidades ribeirinhas foram afetadas.

Do Globo Rural

A Floresta Nacional do Tapirapé-Aquirí, com pouco mais de 196 mil hectares, fica nos municípios paraenses de Marabá e São Félix do Xingu.

A área de proteção ambiental está ameaçada pela invasão de garimpeiros e produtores de gado, que ocupam o entorno da unidade de conservação.

Segundo o Instituto Chico Mendes, nos últimos meses a Vila Lindoeste, já na zona rural de São Félix, seria o centro do comércio ilegal de ouro na região.

A extração clandestina de ouro em uma área a cinco quilômetros do local provocou um dano ambiental ainda incalculável. Três frentes de extração estariam funcionando desde janeiro. Até uma pista de pouso estaria sendo usada para transporte do minério.

Sessenta garimpeiros que estavam no local foram obrigados a deixar a área. O garimpeiro Divino Pereira, que trabalhava no lugar há cinco meses, disse que foi atraído por uma cooperativa da região.

Seis escavadeiras foram apreendidas e os donos autuados. Os fiscais ainda apreenderam 30 motobombas usadas para lavar a terra retirada dos barrancos.

O Rio Pena Branca, que fica dentro da Floresta Nacional do Tapirapé-Aquirí, foi o mais atingido pela atividade ilegal do garimpo. O mercúrio usado para extração do ouro foi jogado no rio.

Todos os garimpeiros encontrados na área já deixaram a região. Os donos das escavadeiras e das motobombas devem responder pelos crimes de fazer e instalar atividade mineral sem licença, causar danos a unidade de conservação e impedir a regeneração natural.

As máquinas apreendidas foram retiradas do garimpo em comboio e estão sob responsabilidade do Ibama.

As multas aplicadas durante a operação chegam a R$ 1 milhão. O caso foi encaminhado para o Ministério Público.

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