Os caminhoneiros, que fazem protestos por uma causa nacional da categoria, mantêm fechados ao menos quatro trechos de rodovias federais na Bahia nesta terça-feira (2), segundo dia de mobilizações. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as interdições acontecem nas BRs 116 e 242.
Na região sudoeste do estado, até por volta das 21h, havia bloqueios no fluxo da BR-116, na altura da cidade de Cândido Sales, que já ocorria pela manhã, e uma nova interdição no tráfego foi feita pelos caminhoneiros na altura da cidade de Vitória da Conquista, também na região sudoeste, informa a PRF.
Os manifestantes passaram a noite no local, às margens da rodovia, depois da praça de pedágio que dá acesso ao município de Cândido Sales.
A manifestação começou na segunda-feira (1º). Segundo os caminhoneiros, a reivindicação é por melhores condições de trabalho e também reclamam da falta de assistência na estrada. Outra reivindicação é a respeito das condições das estradas baianas e dos preços cobrados nos pedágios. Eles destacam que se trata de um movimento pacífico.
"Não estamos impedindo ninguém do direito de ir e vir, as únicas pessoas que estão paradas aqui são caminhoneiros. Nós reivindicando nossos direitos", diz um dos manifestantes.
Aos poucos, a passagem de carros pequenos foi liberada na BR-116. Ao longo da estrada estão diversos caminhões parados em postos de gasolina, que são usados como pontos de apoio dos caminhoneiros para alimentação e banho nesses dias de protestos. [Veja imagens ao lado do bloqueio feito em Cândido Sales pela manhã]
Algumas pessoas chegaram a ficar cerca de 12 horas nas longas filas de veículos formadas nos congestionamentos.
Região oeste
Na BR-242, região oeste da Bahia, os manifestantes se concentram nos Kms 805, perto de Barreiras, e 880, próximo a Luís Eduardo Magalhães.
Já são mais de 35 horas de protesto e o congestionamento nesta terça-feira chegou aos 15 quilômetros. Segundo informações dos caminhoneiros, são mais de 900 veículos, entre caminhões e carretas na pista.
A PRF negociou com os manifestantes e eles liberam a passagem de veículos pequenos, ônibus e veículos com cargas vivas na tarde desta terça. A previsão é de que o protesto siga até 6h de quinta-feira (4). Os caminhoneiros também pedem reajuste de preço do frete.