As ações europeias foram arrastadas para o vermelho por papéis de bancos nesta quarta-feira (3), depois que a turbulência política em Portugal fez com que a bolsa do país registrasse seu pior dia em dois anos, ameaçando reacender a crise da dívida da zona do euro.
O índice FTSEurofirst 300 fechou em queda de 0,68%, para 1.150 pontos, com os bancos subtraindo 2,8 pontos do índice.
Os papéis de bancos da zona do euro caíram 1,75%, depois de o governo português convocar discussões emergenciais sobre seu futuro. Isso empurrou os yields de títulos do país para mais de 8% e arrastou as blue chips de Portugal para uma baixa de 5,3%.
Dúvidas sobre a habilidade de a Grécia cumprir as condições de seu resgate somaram-se às preocupações sobre a piora da crise de dívida.
E preocupações com os mercados emergentes vieram à tona novamente.
O presidente do Egito parece preparado para um conflito com o exército, enquanto dados da China revelaram mais indicações de que a segunda economia do mundo está perdendo força. As ações ligadas a matérias-primas fecharam em baixa de 1,3%.
"Os bancos estão em queda por causa da exposição deles ao mercados de títulos, e os setores cíclicos estão sofrendo também. E com tudo que está acontecendo no Egito, e na China... É uma situação de enfraquecimento dos mercados emergentes", disse o chefe de estratégia para o mercado de ações da BTIG, Nick Xanders.
Em Londres, o índice Financial Times recuou 1,17%, a 6.229 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 1,03%, para 7.829 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 teve baixa de 1,08%, a 3.702 pontos.
Em Milão, o índice Ftse/Mib perdeu 0,54%, para 15.282 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 recuou 1,56%, a 7.763 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 desvalorizou-se 5,31%, para 5.236 pontos.