Esta quinta-feira (20) marca o terceiro dia de protestos em Maceió. Várias pessoas se organizam na Praça do Centenário, no bairro do Farol, com faixas, bandeiras e gritando palavras de ordem, contra o aumento da tarifa de ônibus na capital, a aprovação da PEC 37, pedindo o fim da corrupção, entre outras coisas. Por conta da movimentação, alguns órgãos públicos que ficam na rota da passeata fecharam as portas.
A manifestação já não se restringe mais a estudantes. O professor de Sociologia Francymaikel Costa, 32, levou o sobrinho de apenas 10 anos para a manifestação. "Assim ele já vivencia e sente o que é uma manifestação", informou Costa.
De acordo com o capitão Sandro, da Polícia Militar, cerca de 10 mil pessoas foram às ruas neste terceiro dia de protestos. Os manifestantes planejam seguir em caminhada pelas ruas do Centro da capital. Dentre os presentes estão representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT). “Nós alugamos um carro de som para apoiá-los. Quremos ajudar, mas acho que não fomos bem vistos”, afirma o secretário de organização da CUT, Isaac Jackson.
A Avenida Fernandes Lima, principal via de tráfego de Maceió, foi interditada. Apenas ônibus estão sendo liberados para passar. Os demais motoristas que desejam seguir no sentido Centro/Tabuleiro, precisam desviar pela Av. Santa Rita, em direção ao Feitosa, para cortar caminho.
(Foto: Fabiana De Mutiis/G1)
As atividades na Assembleia Legislativa Estadual foram suspensas ainda durante a tarde. Contudo, de acordo com o deputado Judson Cabral (PT), os parlamentares deveriam cumprir sua rotina normalmente, mesmo com a manifestação. “Deveria haver sessão, mesmo que liberassem mais cedo”.
(Foto: Arquivo pessoal/Amarilio Monteiro)
No centro de Maceió, comerciantes fecharam as portas antes mesmo da chegada do protesto. De acordo com o fotógrafo Amarilio Monteiro, gritos foram ouvidos e um pânico se instaurou entre as pessoas que estavam no local. "Acredito que foi algum boato que gerou o pânico, porque o protesto nem havia saído em caminhada ainda", afirmou Monteiro.
A mesma iniciativa foi tomada por funcionários da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico de Alagoas (Seplande), que interromperam suas atividades e fecharam as portas do órgão.