20/06/2013 18h17 - Atualizado em 20/06/2013 18h20

Ações da CCX caem mais de 35%, mas Bovespa vira e termina em alta

Bolsa inverteu o sinal no fim do dia e subiu 0,67%, a 48.214 pontos.
OGX fechou em alta de quase 9%, já a CCX perdeu 37,5%.

Da Reuters

A Bovespa teve um dia de nervosismo e intensa volatilidade nesta quinta-feira, com os mercados se ajustando à perspectiva de que a redução dos estímulos monetários nos Estados Unidos tenha início ainda neste ano.

O principal índice brasileiro de ações inverteu o sinal na etapa final do pregão e fechou em alta de 0,67%, a 48.214 pontos, após ter operado praticamente todo o dia no vermelho e afundado 4,1% na mínima intradiária. Veja cotação

Segundo o estrategista Luis Gustavo Pereira, da Futura Corretora, a forte queda verificada mais cedo ajudou a trazer de volta ao mercado investidores em busca de barganhas, lembrando ainda que o Ibovespa acumula queda de mais de 20% no ano.

O volume financeiro negociado na Bovespa foi de R$ 12,19 bilhões, bem acima da média diária de R$ 7,9 bilhões em 2013.

"O mercado agora é de curto prazo, oportunista e sem grandes expectativas", disse o gestor Frederico Mesnik, sócio fundador da Humaitá Investimentos em São Paulo.

Ações de Eike
A principal contribuição positiva para o índice foi a petrolífera OGX, do grupo EBX, do empresário Eike Batista. O papel acentuou os ganhos e fechou em alta de 8,97%, a R$ 0,85, após marcar nova mínima intradia histórica, a R$ 0,75.

Já a companhia de carvão CCX, também do grupo de Eike e cuja ação não faz parte do Ibovespa, afundou 37,5%, após o empresário ter desistido de oferta pública de recompra de ações (OPA).

Estímulos dos EUA
Comentários feitos na quarta-feira pelo chairman do Fed, Ben Bernanke, continuavam a repercutir com força nos mercados, diante da indicação de que o BC norte-americano poderá começar a reduzir seu programa de compra mensal de US$ 85 bilhões em títulos ainda neste ano.

"O mundo inteiro está desequilibrado", disse Álvaro Bandeira, sócio da Órama Investimentos no Rio de Janeiro. "Os investidores ainda estão se adaptando, ajustando os fluxos a esse novo cenário e é natural vermos volatilidade."

Além das preocupações com a retirada dos estímulos pelo Fed, os negócios desta quinta-feira também eram pressionados por dados negativos da indústria da China, principal parceiro comercial do Brasil.

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