• Texto Roberto Abolafio Junior | Repórter de imagem Tiago Cappi | Fotos Marcos Antonio
  • Texto Roberto Abolafio Junior | Repórter de imagem Tiago Cappi | Fotos Marcos Antonio
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trancoso-casa-rustica (Foto: Marcos Antonio/Editora Globo)

Maristela Gorayeb senta-se em uma poltrona-balanço; ao fundo, seu namorado, Thierry Moriceau. Com piso de cerâmica artesanal e cobertura de eucalipto, o espaço exibe esteiras e pendentes de fibra natural produzidos pelo artesão Senhor Israel do Cipó (Foto: Marcos Antonio/ Editora Globo)

Há alguns anos, a designer de interiores Maristela Gorayeb cumpriu um desejo antigo: viver perto do mar e bem longe de São Paulo. No sul da Bahia, a rústica Trancoso, de belas praias, agora é seu lugar no mundo. “Nunca fui apaixonada pela maluquice paulistana”, comenta. Ela alugou uma casa de 160 m² na rua Principal e abriu uma pequena loja, a Divino’s, na famosa praça do Quadrado. Ali, comercializa sobretudo peças com desenho próprio e de produção artesanal. “Não dá para ficar sem fazer nada”, justifica.

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Maristela compartilha os momentos de dolce far niente com seu novo amor, o francês Thierry Moriceau – seja junto à natureza, seja na construção com acabamentos rústicos em que ele praticamente vive com a namorada.

A porta principal parte de uma varanda com cerâmicas artesanais no piso e cobertura de eucalipto. Esses elementos ainda sustentam os tetos, forrados de cedro, nos interiores com chão de cimento queimado cor de creme e paredes brancas.

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Quem adentra o território, logo vê a alvenaria que oculta a escada e delimita o hall. Diante dela, há um par de poltronas dos anos 1960, entremeado por mesa indiana, e uma coleção de vidros. “São peças que eu tinha em meu apê ou em minha casa em Camburi, no litoral norte paulista, que fiz questão de manter”, diz a moradora. Devidamente adaptado aos novos espaços e por vezes reciclado para eles, tal mobiliário junta-se a elementos trazidos de viagens ou feitos à mão por artesãos locais, como os pendentes de piaçava.

hall-de-entrada-poltronas-brancas (Foto: Marcos Antonio/Editora Globo)

No hall de entrada, poltronas brancas dos anos 1960 harmonizam-se com a pequena mesa indiana. Na parede, espelho com moldura de madeira folheada de cobre (Foto: Marcos Antonio/ Editora Globo)

Sala de jantar: duas antigas mesas brancas, justapostas, ganharam tampo de tecnocimento. As cadeiras medalhão vieram do antiquário Fred Móveis Antigos & Decorações. Já os pendentes com madrepérolas, têm desenho de Maristela Gorayeb | Mascote: encontrada  (Foto: Marcos Antonio/ Editora Globo)

Sala de jantar: duas antigas mesas brancas, justapostas, ganharam tampo de tecnocimento. As cadeiras medalhão vieram do antiquário Fred Móveis Antigos & Decorações. Já os pendentes com madrepérolas, têm desenho de Maristela Gorayeb | Mascote: encontrada na praia, a cadela Tuca integra-se ao dia a dia da casa. Na foto, está próxima da sala de estar, que tem longo móvel horizontal (Foto: Marcos Antonio/ Editora Globo)

Na sala de jantar, à esquerda da entrada, cadeiras medalhão feitas de jacarandá e imbuia contrastam com mesas de linhas retas. Na de estar, há estofados entalhados e folheados com prata que evocam o estilo Luís 15, além de um escritório, ao fundo, integrado. No espaço, troncos de braúna descartados pela natureza estruturam, de maneira esperta, uma estante. Por toda a parte prevalece a claridade, mantida ainda nos dois quartos, no pavimento superior. Neles, providenciais mosquiteiros de algodão pairam sobre as camas.

Para Maristela Gorayeb, Trancoso, embora pequena, tem a “sofisticação” de contar com um fluxo de gente interessante. “Não me sinto isolada aqui”, diz ela, que desembarca em São Paulo, vez ou outra, para cuidar de eventuais projetos. Mas, como tudo muda, será que daqui a algum tempo essa mulher de 53 anos pode deixar o despojamento baiano para trás e retornar à agitação da megalópole? A resposta é enfática: “Não!”

Mesa e cadeira que já eram da moradora compõem o escritório, integrado ao estar. A estrela é a estante estruturada com troncos de braúna descartados pela natureza | Baseada no estilo Luís 15, Maristela Gorayeb desenhou os estofados  da sala de estar. Outr (Foto: Marcos Antonio/ Editora Globo)

Mesa e cadeira que já eram da moradora compõem o escritório, integrado ao estar. A estrela é a estante estruturada com troncos de braúna descartados pela natureza | Baseada no estilo Luís 15, Maristela Gorayeb desenhou os estofados da sala de estar. Outra criação dela são os cubos de cumaru, ao centro, que servem de apoio ou de assentos extras (Foto: Marcos Antonio/ Editora Globo)

Castiçais produzidos em Bali reúnem-se sobre parte da mesa de jantar, para serem usados em refeições à luz de velas | Conchas coletadas ao longo da vida pela moradora, dão toque praiano à casa (Foto: Marcos Antonio/ Editora Globo)

Castiçais produzidos em Bali reúnem-se sobre parte da mesa de jantar, para serem usados em refeições à luz de velas | Conchas coletadas ao longo da vida pela moradora, dão toque praiano à casa (Foto: Marcos Antonio/ Editora Globo)

Na cozinha, Maristela às vezes prepara delícias baianas, como a tapioca | Pratos antigos pontuam a parede junto da escada, sob a qual peças indianas de cobre destacam-se no patamar, com colchonete para criar assentos extras. Ao fundo, Maristela e a cadela (Foto: Marcos Antonio/ Editora Globo)

Na cozinha, Maristela às vezes prepara delícias baianas, como a tapioca | Pratos antigos pontuam a parede junto da escada, sob a qual peças indianas de cobre destacam-se no patamar, com colchonete para criar assentos extras. Ao fundo, Maristela e a cadela Tuca (Foto: Marcos Antonio/ Editora Globo)

Encimada por mosquiteiro de algodão, a antiga cama francesa de ferro junta-se a outra de mesmas características no quarto de hóspedes | Quarto principal: Maristela Gorayeb desenhou a cama e os armários com cortinas de algodão – mesmo tecido do mosquiteir (Foto: Marcos Antonio/ Editora Globo)

Encimada por mosquiteiro de algodão, a antiga cama francesa de ferro junta-se a outra de mesmas características no quarto de hóspedes | Quarto principal: Maristela Gorayeb desenhou a cama e os armários com cortinas de algodão – mesmo tecido do mosquiteiro (Foto: Marcos Antonio/ Editora Globo)

No quarto, composição de espelhos marca a parede, diante da qual há um móvel criado pela arquiteta para abrigar acessórios. Os banquinhos e o tapete de algodão e palha são da Divino’s | O banheiro repete os materiais naturais e os acabamentos vistos na ár (Foto: Marcos Antonio/ Editora Globo)

No quarto, composição de espelhos marca a parede, diante da qual há um móvel criado pela arquiteta para abrigar acessórios. Os banquinhos e o tapete de algodão e palha são da Divino’s | O banheiro repete os materiais naturais e os acabamentos vistos na área social. Em primeiro plano, luminária de teto trazida da Índia (Foto: Marcos Antonio/ Editora Globo)