O principal índice da Bovespa (BM&F Bovespa) fechou em queda nesta quinta-feira (17), com investidores vendendo ações para embolsar lucros após seis altas seguidas. A desvalorização foi puxada por papéis dos setores de siderurgia, construção e pela petroleira OGX.
O Ibovespa teve variação negativa de 1,10%, a 55.358 pontos. Veja cotação
O índice acumulou alta semanal de 4,16%, em grande parte devido à influência da OGX, cujas ações subiram mais de 100% entre terça e quarta em meio a especulações sobre uma injeção de capital na companhia. No mês, o Ibovespa tem valorização de 5,77% e, no ano, há desvalorização de 9,18%. O giro financeiro do pregão foi de R$ 7,7 bilhões.
Nesta quinta, as ações da OGX tiveram queda de mais de 17%, segundo dados preliminares.
"Estávamos trabalhando com uma alta de quase 3 mil pontos na semana. Como não há nenhuma notícia realmente boa para sustentar os últimos avanços, quem ganhou dinheiro resolveu realizar agora", afirmou à Reuters o diretor técnico da Apogeo Investimentos, Paulo Bittencourt.
Ações
Além dos papéis da OGX, que foram a principal pressão negativa desta quinta, também apareceram entre as principais quedas do Ibovespa papéis de siderurgia, com destaque para Usiminas, cuja ação preferencial recuava cerca de 6%.
Em relatório distribuído na quarta-feira a clientes, a que a Reuters teve acesso, o Bank of America rebaixou sua recomendação para Gerdau e Usiminas de "compra" para "neutra" e reiterou a da CSN em "abaixo da média do mercado".
Segundo o BofA, o setor já passou por um rali desde o início de julho, e não há catalisadores de novos ganhos à frente, ainda mais com o declínio dos preços do aço. "Na nossa visão, os preços do aço devem recuar mais em 2014, seguindo preços médios menores do minério de ferro", afirmaram analistas em relatório. Nesta quinta, o UBS iniciou a cobertura do setor com recomendação de "venda" para Usiminas e CSN, e de "compra" para Gerdau.
Foram destaque de queda ainda as ações da operadora Oi.
A queda de MRV e Rossi Residencial contribuiu para que o setor de construção também fosse um dos que mais ajudaram a derrubar a bolsa. No outro sentido, Itaú Unibanco e Vale foram as principais pressões positivas.
BR Malls subiu com força, depois das vendas dos lojistas dos shoppings da companhia saltarem 11,5% no terceiro trimestre ante um ano antes.
Já a ação do Grupo Pão de Açúcar teve queda de 0,77%, apesar dos resultados da varejista no terceiro trimestre, incluindo um salto de 69,8% no lucro, terem agradado analistas.