18/06/2013 21h27 - Atualizado em 18/06/2013 22h16

Guardas ficam feridos em tumulto no Centro de SP, diz Prefeitura

Protesto contra aumento de tarifas toma ruas da cidade nesta terça (18).
Vidros da sede do governo municipal foram quebrados por manifestantes.

Do G1 São Paulo

Depois do tumulto registrado em frente ao prédio da Prefeitura de São Paulo, nesta terça-feira (18), durante os protestos contra o aumento das tarifas do transporte na capital, o governo municipal informou que dois guardas civis metropolitanos foram feridos na ação dos manifestantes. Um deles foi atendido no posto médico da prefeitura e levou nove pontos na cabeça. O outro teve uma contusão no rosto.

Vidros da Prefeitura foram quebrados durante protesto (Foto:  Paulo Pinto/Secom)Vidros da Prefeitura foram quebrados durante
protesto (Foto: Paulo Pinto/Secom)

Por meio de nota, a Prefeitura relatou ainda que houve tentativa de invasão pelo saguão do terceiro andar, no Viaduto do Chá, e vidros foram quebrados durante os protestos. Também foi registrada uma tentativa de invasão pelo segundo andar, na Rua Dr. Falcão. Um levantamento dos danos materiais será feito na quarta-feira (19).

Cerca de 100 homens da Guarda Civil Metropolitana fazem a segurança dentro do prédio da Prefeitura, sob comando do secretário de Segurança Urbana, Roberto Porto. A equipe de comunicação está de plantão, assim como parte do secretariado e funcionários do gabinete do prefeito.Também estão dentro do edifício alguns repórteres e fotógrafos de veículos de comunicação. Já o prefeito Fernando Haddad deixou o edifício por volta das 17h30 para uma reunião com a presidente Dilma Rousseff e foi orientado a não retornar ao edifício.

6º dia de protestos
São Paulo vive a sexta passeata contra o aumento das tarifas no transporte público. O protesto desta terça ocorre de forma pacífica na região da Avenida Paulista, mas atos de vandalismo foram registrados em frente ao prédio da Prefeitura no fim da tarde e início da noite.

No edifício, vidros foram quebrados e paredes foram pichadas. Do lado de fora, na região do Viaduto do Chá, um carro de uma equipe de reportagem e um posto policial foram incendiados pelos manifestantes. Um banco também foi depredado. A Rede Record de Televisão informou, em nota, que "todos os profissionais que trabalhavam na transmissão ao vivo das manifestações em São Paulo escaparam ilesos do incêndio no caminhão usado para a captação de imagens". A emissora também disse lamentar o episódio de violência de “pequenos grupos”.

Danos só serão contabilizados na quarta-feira (19) (Foto: Paulo Pinto/Secom)Danos só serão contabilizados na quarta-feira (19)
(Foto: Paulo Pinto/Secom)

Mais cedo, em reunião com o Conselho da Cidade, Haddad admitiu pela primeira vez que poderia rever o valor da tarifa dos ônibus. Ele esteve reunido pela manhã com integrantes do movimento que organiza as manifestações. Haddad explicou porém, durante o encontro, que precisaria aumentar o subsídio pago às empresas de transporte coletivo. A maioria dos integrantes do conselho, composto por 136 representantes da sociedade, apoiou durante os discursos a revisão da tarifa do transporte público. O conselho é apenas consultivo e não pode tomar decisões pela Prefeitura.

A Polícia Militar estimou em 10 mil o número de participantes do protesto, em levantamento das 18h. O número, porém, não foi atualizado ao longo da passeata. O trânsito na cidade ficou bastante complicado durante a manifestação e ônibus de linhas que circulam pela região foram afetados.

 

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