14/08/2013 06h50 - Atualizado em 14/08/2013 06h50

Preço médio pago pela soja cai quase 30% em um ano em MT

Diferença está deixando os agricultores preocupados.
Um dos reflexos é a lentidão na venda antecipada do grão.

Do Globo Rural

É sobre a palhada do milho e do algodão, que ainda está sendo colhido, que o agricultor Herlan Meinke vai semear a próxima safra de soja.

A lavoura deve ocupar 850 hectares na propriedade que fica em Campo Verde, sudeste de Mato Grosso, mas o futuro da próxima safra preocupa o produtor porque os preços pagos pela soja despencaram.

A comercialização antecipada da soja que ainda nem foi plantada é comum em Mato Grosso. Normalmente, os agricultores ficam de olho no mercado do grão e realizam as vendas quando encontram preços atrativos, suficientes para cobrir os custos de produção e ainda garantir uma certa rentabilidade. Só que este ano, o cenário é diferente. Faltando apenas poucas semanas para o início do cultivo da safra de verão, este tipo de negócio ainda não decolou no estado.

Apenas 26% da produção prevista, estimada em 25 milhões de toneladas foi negociada, bem menos que os 55% que já estavam comprometidos nesta mesma época do ano passado.

"Esse ritmo lento de comercialização é por conta dos preços. Nós observamos várias quedas em Chicago e os produtores que estavam comercializando em torno de R$ 50, hoje conseguem no mercado apenas R$ 40 por saca. Para os próximos meses, a tendência é de um cenário pior ainda, o preço deve cair ainda mais porque o mercado todo está influenciado pela produção americana", explica Daniel Latorraca, economista do Imea.

Em Mato Grosso, o plantio da soja começa a partir de 15 de setembro, quando termina o vazio sanitário. A previsão é que as lavouras ocupem cerca de oito milhões de hectares.

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