Os trabalhadores rurais levaram colchões e bagagens para ocupar a secretaria que cuida da agricultura familiar do estado.
Um andar inteiro do prédio foi transformado em acampamento pelos manifestantes. Eles querem a garantia de que vão ter assistência técnica para alavancar a produção agrícola e pecuária dos assentamentos.
O secretario de Ação Social e Agricultura Familiar, Fernando Fialho, disse aos manifestantes que o estado já aplicou este ano R$ 6,5 milhões em projetos de assistência técnica e que ainda vai destinar outros R$ 15 milhões para projetos de pequenos agricultores.
Outra parte dos manifestantes permaneceu acampada no pátio do Incra, aguardando as negociações com o Governo Federal.
Os trabalhadores rurais cobram também mais rigor no combate à grilagem de terras e a retomada das vistorias em novas áreas de assentamento.
O superintendente regional do Incra Inácio Rodrigues assumiu o compromisso de fazer vistorias ainda este ano em 20 áreas de conflito no Maranhão, o equivalente a 70 mil hectares. O movimento exige a vistoria em 46 áreas, com 200 mil hectares.
Sem acordo, os trabalhadores decidiram manter o manifesto e passar mais uma noite no acampamento. Eles querem a presença do presidente do Incra, Carlos Guedes, em São Luís para retomar as negociações. O encontro ainda não foi marcado.
Nesta quinta-feira (20), eles participam de uma reunião com representantes do governo do Maranhão.