Manifestantes ocupam uma calçada na frente da portaria do Palácio dos Bandeirantes no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, pelo quarto dia consecutivo. Nesta quinta-feira (20) o grupo continua acampando na sede do governo paulista mesmo após a redução da tarifa dos transportes públicos, anunciada no começo da noite de quarta-feira (19).
Eles estão em frente ao Palácio desde segunda (17). Na ocasião, manifestantes partiram do Largo da Batata e ao menos 3 mil pessoas chegaram ao Palácio dos Bandeirantes, de acordo com balanço da polícia. Apesar de começar de forma pacífica, o protesto em frente ao Palácio acabou em tumulto. Rojões foram jogados pelos manifestantes e a entrada foi forçada, mesmo com os líderes do movimento pedindo calma ao grupo.
A PM reagiu lançando bombas e conseguiu dispersar o grupo e fechar a portaria. Um ônibus teve um vidro quebrado e foi pichado. Xingamentos contra o governador e palavras de ordem foram pichadas no portão 2.
Na terça-feira (18) cerca de 30 manifestantes continuavam em frente ao Palácio. Funcionários reparam portão do Palácio dos Bandeirantes, derrubado durante protesto, e pintaram o muro para apagar pichações. Os manifestantes também participaram da limpeza, retirando a sujeira deixada pelo protesto na Avenida Morumbi.
Os manifestantes ajudavam a organizar o trânsito em frente ao Palácio e pediam para os motoristas buzinarem em apoio ao protesto. Eles disseram ao G1 que não esperam ser recebidos pelo governador Geraldo Alckmin, mas que têm a expectativa de que outras pessoas venham reforçar o bloqueio. Na noite de terça o grupo aumentou, e cerca de 50 manifestantes passaram a noite em frente ao Palácio.
Após duas semanas de manifestações, no começo da noite de quarta-feira (19) o prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin revogaram o aumento e voltaram a tarifa de R$ 3. O prefeito classificou a medida como um "gesto de aproximação".