A Câmara de Vereadores de Itapetininga (SP), que teve sessão na noite desta quinta-feira (20), foi ocupada por manifestantes. A principal reivindicação era voltada para a área da saúde. Entre os manifestantes, estavam funcionários do Hospital Regional. Eles anunciaram greve no início da noite.
De acordo com os organizadores, aproximadamente 500 pessoas participaram do ato. A polícia não divulgou a estimativa oficial.
Durante a sessão, houve ato de vandalismo provocado por um pequeno grupo de manifestantes. Um dos vidros de uma janela do prédio da Câmara Municipal foi quebrado e palavras de agressões ao prefeito Luis Di Fiori foram pichadas em uma parede interna do legislativo. A Guarda Municipal fazia monitoramento no local, mas ninguém foi detido.
(Foto: Jéssica Pimentel / G1)Manifestantes lotam a Câmara de Vereadores de
Itapetininga (SP). (Foto: Jéssica Pimentel / G1)
Dentro do plenário, os manifestantes fizeram protestos e aproveitaram para cantar o hino nacional brasileiro. Com cartazes e faixas, os moradores de Itapetininga pediam melhorias para a cidade mas a sessão não foi interrompida.
A única pauta discutida na noite foi o projeto de lei, criado pelo executivo, prevê aumento salarial para os funcionários públicos. Por unanimidade, os vereadores aprovaram o projeto.
Depois da sessão, o presidente da Câmara André Bueno passou a palavra para o secretário da saúde, Felipe Thibes Galvão, que respondeu as perguntas dos vereadores relacionadas à administração do Hospital Regional. Durante o debate, os manifestantes deixaram o plenário.
O grupo continuou a mobilização pelas ruas do centro da cidade. A manifestação dos moradores de Itapetininga foi pacífica e não houve confronto.
Um dos objetivos do protesto foi reforçar a manifestação popular que se estende por todo o país. O movimento de reivindicação que começou na capital paulista contra o reajuste de tarifas do transporte público, alastrou-se por diversas cidades que também reivindicaram sobre tarifas e outros setores como saúde, educação e manifestos contra a corrupção.
Em Itapetininga, o movimento se iniciou na segunda-feira (17) quando aproximadamente 400 pessoas saíram em passeata contra um decreto municipal que aumentaria em até 50% a Contribuição de Iluminação Pública (CIP). Após a manifestação, a prefeitura revogou a determinação.
Após a revogação, na terça-feira (18), os moradores voltaram a se reunir em praça pública onde foi realizado um encontro para debate sobre as principais necessidades do município. De acordo com os organizadores, a continuidade da manifestação é para exigir que o poder público atenda todos os setores.
Funcionários da saúde
Os funcionários do Hospital Regional cobram da prefeitura uma posição sobre a situação trabalhista deles. Nesta segunda-feira (17), foi realizada uma reunião a portas fechadas com o sindicato dos trabalhadores da área da saúde e a comissão da prefeitura que, atualmente, é responsável pela administração da unidade.
Os trabalhadores reivindicaram o pagamento das cestas básicas, atrasado em dois meses, além do reajuste salarial de 7,6%, previsto para o mês de maio e a rescisão do contrato, que não foi feita antiga administração, o Instituto Varti, que geriu o HR entre janeiro e início de junho.