As ações europeias registraram a pior queda diária em 19 meses nesta quinta-feira (20), afetadas pela perspectiva de redução do estímulo monetário dos Estados Unidos e novos sinais de fraqueza do crescimento econômico da China.
O índice FTSEurofirst 300 caiu 3,07%, para 1.143 pontos, após o banco central dos EUA ter dito na quarta-feira que um crescimento mais forte da economia norte-americana significa que será provável a redução das fortes compras de ativos neste ano.
O programa de quantitative easing do Fed (programa de compra de títulos), ao lado de medidas similares dos bancos centrais globais, tem ajudado a conduzir um rali europeu de 20% no ano até o momento, apesar do encolhimento da economia doméstica e a queda das expectativas de lucros.
A queda desta quinta-feira, a mais forte desde novembro de 2011, registrou ganhos em apenas 17 das 601 ações listadas no índice STOXX Europe 600, e todos os índices setoriais fecharam em território negativo.
Os índices dos setores de mineração, automóveis e bens de consumo fecharam em baixa entre 3,9% e 4,3%, depois que dados mostraram que a atividade industrial na China, o maior consumidor de metais do mundo e cliente essencial dos exportadores europeus, apontou para desaceleração mais forte no segundo trimestre.
Em Londres, o índice Financial Times recuou 2,98%, a 6.159 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 3,28%, para 7.928 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 teve baixa de 3,66%, a 3.698 pontos.
Em Milão, o índice Ftse/Mib teve perdas de 3,09%, para 15.549 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 recuou 3,41%, a 7.822 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 desvalorizou-se 3,41%, para 5.646 pontos.