A decisão de cortar 8 mil pés de eucaliptos está causando polêmica em Caçu, no sudoeste de Goiás. Os donos das propriedades rurais onde se encontram as árvores, plantadas na década de 80, decidiram vender a madeira. Muitos eucaliptos ficam no território de Cachoeira Alta, mas foram plantadas por moradores de Caçu.
˜Há muitos anos vem se falando sobre o corte dos eucaliptos e a gente vem tentando várias ações para impedir o corte, inclusive manifestações˜, diz a vereadora da cidade, Lucinerie Guimarães, que ressalta que a população é contra a ação.
Para resolver o impasse, as prefeituras das duas cidades estabeleceram um acordo com os fazendeiros, que repassariam parte dos lucros com a exploração da madeira para as administrações. Juntas, as duas cidades devem receber cerca de R$ 1 milhão. A Agência Goiana de Transporte e Obras (Agetop) também receberá uma quantia em dinheiro, pois parte da floresta está próximo à rodovia.
O prefeito de Caçu, Gilmar Guimarães, disse que a floresta seria cortada mesmo que o município não aceitasse. “Não restou alternativa a não ser concordar com a poda e em contrapartida receber uma quantia de R$ 750 mil reais e que nós iremos aplicar em favor da população”, justificou.
O G1 entrou em contato com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) para saber se os municípios consultaram o órgão antes de iniciar o corte das árvores, mas não obteve resposta até a publicação da reportagem.