Os caminhões carregados de algodão chegam a todo instante em uma usina em Campo Verde, no sul de Mato Grosso. Depois de pesados, os fardos, que têm cerca de 11 toneladas cada um, são descarregados e seguem para o beneficiamento.
O ritmo é intenso, são 20 horas seguidas de trabalho, por dia que resultam no processamento de 450 toneladas.
Depois da separação do caroço e da pluma, o algodão é embalado em fardos menores. No pátio, a carga está pronta para ser enviada aos compradores. Até a segunda quinzena de novembro, a usina encerra o beneficiamento da atual safra.
Outra importante etapa do processamento é a classificação da pluma. Em um laboratório de uma cooperativa em Primavera do Leste são avaliadas 8 mil amostras por dia e é com base nesta classificação, que o valor da pluma é definido. Quanto maior a qualidade, melhor o preço, e há casos em que o produtor consegue agregar ainda mais valor.
A gratificação ou ágio funciona como um bônus pela qualidade, que o dono recebe na hora de fechar o contrato. A cada 100 pontos são pagos R$ 0,50 a mais por quilo de pluma. O gerente comercial Jaison Vavassori exemplifica: uma carga de 27 toneladas, dependendo da pontuação alcançada, pode render até R$ 100 de gratificação.
"É uma premiação sim, com certeza, se o produtor consegue produzir um algodão melhor, ele vende melhor e consegue esse ágio", diz.
Otávio Celidônio, engenheiro agrônomo e superintendente do Imea, fala sobre o mercado do algodão e o ritmo de negociação da safra. Confira a entrevista no vídeo com a reportagem completa.