22/10/2013 13h26 - Atualizado em 22/10/2013 14h11

Mantega não vê necessidade de mudar política monetária do BC

'Não vejo necessidade de alterar o status quo' do BC, diz Mantega.
Segundo ele, 'quando o time está ganhando, voce não muda'.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou nesta terça-feira (22) que não vê necessidade de implementar mandatos fixos para a diretoria do Banco Central, conforme recomendação de economistas com o objetivo afastar pressões políticas e, com isso, proporcionar um controle maior da inflação no Brasil.

"A modelagem do BC é na justa medida. Não é necessário alterar a política monetária [de definição da taxa básica de juros]. Não vejo necessidade de alterar o 'status quo'. Quando o time esta ganhando, voce não muda", disse ele ao ser questionado sobre a possibilidade de mandatos fixos para os diretores e presidente do BC.

O Banco Central já subiu a taxa básica de juros da economia brasileira em cinco oportunidades neste ano, começando em abril, quando a Selic estava em 7,25% ao ano. Atualmente, já se encontra em 9,5% ao ano, ou seja, houve uma alta de 2,25 pontos percentuais em 2013.

Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o IPCA. Ao subir os juros, o BC atua para controlar a inflação e, ao baixá-los, julga, teoricamente, que a inflação está compatível com a meta.

Para 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente. Em doze meses até setembro, o IPCA somou 5,86%. Em 2011 e 2012, somou 6,5% e 5,84% - patamar distante da meta central.

O próprio Banco Central previu, no relatório de inflação divulgado no fim de setembro, um IPCA próximo de 6% em todos os quatro anos do governo Dilma Rousseff. O presidente da instituição, Alexandre Tombini, tem se comprometido somente com a queda da inflação neste ano, frente ao patamar de 2012 (5,84%) e, também, em 2014.

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