Seguindo a piora no ambiente econômico brasileiro e a queda no valor mundial das commodities, os bilhões de dólares do empresário Eike Batista “estão evaporando”, afirmou o jornal norte-americano “New York Times”.
“Hoje, com a reversão do mercado acionário brasileiro e a desvalorização da moeda enquanto protestos tomam conta do país, os bilhões de Batista estão evaporando”, afirma a publicação. “De um pico de US$ 34,5 bilhões em março de 2012, sua fortuna caiu para estimados US$ 4,8 bilhões, segundo o ranking de bilionários da Bloomberg”. Leia a íntegra.
O jornal aponta que a ansiedade dos financiadores de Eike está crescendo, e há preocupação de que ele seja obrigado a reorganizar seus negócios, e possivelmente perca o controle do “império”.
Segundo o “NYT”, “houve um tempo em que Batista personificava a emergência do Brasil como uma força econômica mundial”.
A ascensão e queda de Eike reflete a reversão da sorte do Brasil, na opinião da publicação. “Após anos de expansão econômica, a nação sul americana começou a ofegar. A inflação se tornou uma grande preocupação. A bolsa caiu cerca de 23% este ano, mais do que em qualquer grande país”.
Nesta segunda-feira, a MMX, mineradora do grupo do empresário, informou que está avaliando oportunidades de vender seus ativos e ações detidas pelo acionista controlador da companhia tanto para investidores nacionais quanto estrangeiros. A companhia informou que contratou assessores financeiros e iniciou um processo competitivo e organizado, focado em gerar valor para todos os seus acionistas.
Em abril a companhia informou que esperava concluir até junho o processo de revisão de investimentos.
A MMX teve um prejuízo líquido de R$ 55,2 milhões no primeiro trimestre, ante lucro de R$ 49,3 milhões um ano antes, informou a empresa na véspera.
