24/06/2013 16h37 - Atualizado em 24/06/2013 17h05

Dívida pública recua 0,26% em maio, para R$ 1,93 trilhão, diz Tesouro

No mês passado, resgates superaram emissões em R$ 27,2 bilhões.
Isso compensou emissão para o BNDES e despesas com juros da dívida.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

A dívida pública federal, que inclui os endividamentos interno e externo, registrou queda de 0,26% em maio, para R$ 1,93 trilhão, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (24) pela Secretaria do Tesouro Nacional.

No mês passado, as emissões da dívida pública somaram R$ 37,86 bilhões, de acordo com o Tesouro Nacional, ao mesmo tempo em que os resgates (vencimentos) totalizaram R$ 65 bilhões. Com isso, houve um vencimento líquido (resgates superando emissões) de R$ 27,2 bilhões em maio.

O valor do resgate líquido de papéis de maio superou o montante das despesas com juros (R$ 16,6 bilhões) e o aumento de R$ 6 bilhões da dívida externa. Com isso, a dívida registrou queda.

Os lançamento de títulos do mês passado também englobaram uma emissão líquida para o BNDES de R$ 2,16 bilhões (fundo da marinha mercante) e de outros R$ 321 milhões para a reforma agrária, informou o Tesouro Nacional.

Programação para 2013
Segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, após atingir a marca inédita de R$ 2 trilhões no fim do ano passado, a dívida pública vai continuar crescendo neste ano, e pode chegar a R$ 2,24 trilhões – R$ 232 bilhões mais em relação a 2012. Os dados constam no Plano Anual de Financiamento (PAF) do Tesouro Nacional.

O documento prevê um patamar entre R$ 2,1 trilhões, o que representaria um crescimento de R$ 92 bilhões, e R$ 2,24 trilhões, para a dívida pública brasileira no fim deste ano. Deste modo, a estimativa de expansão da dívida pública, em 2013, varia de 4,58% a 11,55%.

Dívidas interna e externa
No caso da dívida interna, segundo informou o Tesouro Nacional, houve queda de 0,6% em maio, para R$ 1,84 trilhão. Em abril, a dívida interna estava em R$ 1,85 trilhão. Já a dívida externa brasileira, resultado da emissão de bônus soberanos no mercado internacional e de contratos firmados no passado, o governo contabilizou a elevação de 6,85% no mês passado, para R$ 94,5 bilhões. Em abril, o estoque da dívida externa estava em R$ 88,5 bilhões.

Perfil da dívida
Os números do governo federal, calculados após a contabilização dos contratos de "swap cambial", mostram que o estoque de títulos prefixados (papéis que têm a correção determinada no momento do leilão) somou R$ 744 bilhões em maio, ou 40,42% do total, contra R$ 720 bilhões, ou 38,9% do total, em abril deste ano.

Os títulos atrelados aos juros básicos da economia (os pós-fixados), por sua vez, tiveram sua participação elevada em maio. No fim do mês passado, estes títulos públicos representavam 22,5% do estoque total da dívida interna, ou R$ 415 bilhões, contra 22% do total (R$ 407 bilhões) em abril de 2013.

A parcela da dívida atrelada aos índices de preços (inflação) somou 36,4% em maio deste ano, ou R$ 669 bilhões, contra 38,5% do total em abril deste ano – o equivalente a R$ 713 bilhões. Os papéis indexados à variação da taxa de câmbio, por sua vez, somaram 0,62% do total em maio (R$ 11,3 bilhões), contra R$ 10,6 bilhões, ou 0,57% do total, em abril deste ano.

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