03/11/2014 06h00 - Atualizado em 03/11/2014 06h00

Nutricionista fala sobre vantagens e diferenças dos tipos de açúcar

Karin Honorato mostra quais são mais saudávies e quais os mais nocivos.
Conheça a calda de agave e saiba as propriedades do açúcar demerara.

Do G1 MG

Os açúcares são fontes importantes de nutrientes e não devem ser totalmente retirados das dietas. Mas, a nutricionista Karin Honorato recomenda, em sua coluna desta segunda-feira (3), uso com moderação. No vídeo acima, ela mostra vários tipos de açúcares e as diferenças nutricionais entre eles. Saiba quais são mais saudáveis e quais devem ser evitados.

A cana-de-açúcar é fonte de vários tipos de açúcares. E a forma mais bruta de extração do açúcar da cana é o mascavo. Ele tem vários nutrientes, em destaque cálcio e ferro em grandes quantidades. O cuidado deve ser tomado com a safra da cana, que pode ter uma quantidade nociva de fungo. Este é um dos mais saudáveis.

Depois, com leve refinamento, vem o açúcar demerara, que também conserva todos os nutrientes, como açúcar mascavo. A melhor escolha para este tipo de açúcar é a forma orgânica, porque mantém todos os nutrientes sem nenhuma substância aditiva.

O melado ou melaço de cana é a forma líquida extraída direto da cana-de açúcar, que também tem o poder de adoçar muito forte. Conserva todos nutrientes, como ferro, cálcio, selênio, manganês e o cobre, e é indicado para quem tem imunidade baixa, anemia, para evitar o excesso de coagulação e dar muita energia para os músculos.

O mel de abelha, extraído de flores, merece um cuidado. Muitas pessoas acham que podem substituir o açúcar pelo mel, mas como tem muita glicose, o uso exige atenção. Este mel possui nutrientes que ajudam na imunidade, mas o consumo em excesso pode prejudicar a saúde.

A calda de agave é extraída de um cacto. Ela parece muito com mel de abelha, mas tem diferenças significativas. Enquanto que o mel é 50% glicose, 50% frutose, a calda de agave tem mais de 80% só de frutose. E outro fator importante é que a ela tem uma carga glicêmica bem menor do que a do mel e a do açúcar. Isso significa que entra bem lentamente no sangue e não se transforma tão rápido em gordura.

O açúcar light, que parece com o açúcar refinado, tem menos caloria do que o ‘primo’ porque é uma mistura de açúcar refinado e adoçantes. E este é o problema. Os adoçantes, na maioria deles, são substâncias químicas, e que enganam nosso organismo. E hoje há muita pesquisa cientifica que mostra que o adoçante já não é mais um fator tão relevante para o emagrecimento. Evitar as químicas dentro do organismo é sempre muito importante. A nutricionista ressalta que se deve ter cautela com a ideia de que o açúcar de pouca caloria pode ser usado com mais tranquilidade.

Já entre o açúcar cristal e o açúcar refinado, não há grandes diferenças. Na verdade, eles perderam mais de 90% dos seus nutrientes no processo de refinamento. As diferenças é que o refinado ainda possui substâncias químicas, para ele ficar bem branquinho e bonito, mas com nada de bom para a saúde. Esse pode ser considerado, sem sombra de dúvida, o pior açúcar para nossa saúde.

Para terminar, a Karin Honorato diz que, se for usar açúcar, use com muita moderação. O excesso de açúcar aumenta os índices de triglicérides, aumenta a probabilidade de diabetes, de obesidade, entupimento das artérias e pode inflamar muito as células. Mas, se usar com moderação, com bom senso, dê preferência para um açúcar orgânico, que não tenha substâncias aditivas e que tenha todos os nutrientes, como a calda de agave, de baixo índice glicêmico, o mascavo e o demerara, ou o melado.

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