(Foto: Tomás Hammes / GloboEsporte.com)
Além de assegurar a classificação às quartas de final da Libertadores, a vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-MG, nesta quarta-feira, no Beira-Rio serviu ainda para reforçar as ambições coloradas em 2015. Projeções que transcendem o sonhado tricampeonato da América, principal meta da temporada. A diretoria do Inter também projeta o título do Brasileirão, façanha que não é alcançada pelo clube desde 1979. E, para isso, tem clara uma premissa para a sequência do ano: não irá se desfazer de nenhum de seus jogadores, mesmo que as boas atuações individuais possam atrair olhares sobre as "estrelas" da equipe de Diego Aguirre.
De acordo com o presidente Vitorio Piffero, os dirigentes trabalham para encontrar uma solução que permita assegurar a permanência dos atletas mais importantes do atual elenco. Valdívia é um dos jogadores que mais despertam cuidados por parte dos colorados. Com 10 gols, o meia é o artilheiro da equipe em 2015 e já despertou o interesse de investidores do exterior no final do ano passado.
- Nosso projeto é ganhar o Brasileiro. Então, não podemos vender os jogadores. As estrelas. O Valdívia atualmente está na categoria de estrela. Então, vamos trabalhar de outra maneira. Vamos passar a responsabilidade de pagar as contas para o vice de finanças, que irá resolver. E vamos tratar de ganhar os jogos que vêm por aí - afirmou Piffero, em entrevista coletiva nesta quarta-feira, após o triunfo sobre o Atlético-MG, já pedindo público para domingo, diante do Avaí.
Ele ainda lembrou a perda do título nacional de 2005 após jogos serem remarcados devido a escândalo na arbitragem:
- Se a torcida quer ganhar o Brasileiro, a torcida tem que vir aqui. Convoco a torcida para vir aqui e ajudar quem está em campo. Em 2005, nos tomaram de mão grande. Neste ano, não.
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A postura adotada após o triunfo contra o Galo contrasta com a política adotada pelo clube nos últimos anos, que vendeu ao menos um jogador por temporada para equilibrar as finanças. Em 2014, por exemplo, o Colorado vendeu os direitos econômicos apenas de Otávio ao Porto, de Portugal. O planejamento da atual diretoria, inclusive, prevê um receita de R$ 60 milhões com negócios de jogadores para amenizar o déficit de R$ 49 milhões herdado da gestão anterior.
Mesmo sem se desfazer de nenhuma de suas "estrelas", o Inter, na gestão anterior, de Giovanni Luigi, já negociou 10% dos direitos econômicos de Alan Costa, Cláudio Winck, Valdívia e Eduardo Sasha com o parceiro Delcir Sonda por 1 milhão de euros (cerca de R$ 3,3 milhões). No contrato, consta ainda uma cláusula que prevê que Sonda poderá substituir ou remanejar o percentual dos direitos econômicos para outros atletas que cumpram as condições.
Possíveis negociações à parte, o Inter mantém o foco na Libertadores. Na próxima quarta-feira, o Colorado vai à Colômbia encarar o Independiente Santa Fe, pelas quartas de final da competição continental. Antes, porém, o Colorado tem compromisso com uma equipe reserva pelo Brasileirão. No domingo, às 18h30, recebe o Avaí, no Beira-Rio.
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