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O homem nasceu para a imortalidade. A morte foi um acidente de percurso. Mas depois que eu me tornei pai e avô, descobri que a família é quase uma imortalidade, porque é uma continuidade"
Nasce Ariano Villar Suassuna, na Cidade da Parahyba, atual João Pessoa. É filho de João Urbano Pessoa de Vasconcelos Suassuna, na época governador, e Rita de Cássia Dantas Villar
Na tentativa de evitar inimigos políticos, após o fim do mandato do pai de Ariano, a família Suassuna passa a morar na Fazenda Acauhan, no Sertão paraibano
João Suassuna é morto no Rio. A motivação para o crime seria sua ligação política com João Dantas, acusado da morte de João Pessoa, ex-governador paraibano. Por causa da repercussão, em 1933 a família muda-se para Taperoá (PB). Ariano inicia seus estudos
Fotos: ACERVO PESSOAL/ ARIANO SUASSUNA
Comecei a querer ser escritor aos 12 anos, quando fiz meu primeiro conto. Na época, era um assassino terrível. Quando não sabia o que fazer com um personagem, matava"
Ariano muda-se para o Recife e passa a ter mais contato com a literatura. Em 1942, a matriarca, Rita, instala toda a família na capital pernambucana, por preocupação com o estudo dos filhos
Termina os estudos secundários. Ainda no colégio, conhece o artista plástico Francisco Brennand, que ilustra seus primeiros poemas. Em setembro deste ano, Ariano tem publicado seu primeiro texto, o poema "Noturno", que sai no "Jornal do Commercio"
O escritor entra na Faculdade de Direito do Recife. Neste ano, promove ainda um espetáculo de cantoria popular, que considera sua primeira aula-espetáculo
Fotos: ACERVO PESSOAL/ ARIANO SUASSUNA, REPRODUÇÃO TV GLOBO
Eu tenho a maior convicção de que, com os elementos da chamada arte arcaica, a gente pode fazer uma arte que se projeta até para o futuro"
Ariano escreve sua 1ª peça, "Uma mulher vestida de sol", que é premiada. Conhece sua futura esposa, Zélia de Andrade. No ano seguinte, a peça "Cantam as harpas de Sião" é montada pelo Teatro do Estudante de Pernambuco
Forma-se em direito e recebe o Prêmio Martins Pena pelo "Auto de João da Cruz". Para tratar uma tuberculose, volta a Taperoá, onde escreve e monta a peça "Torturas de um coração"
Fotos: FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO, REPRODUÇÃO TV GLOBO
Ariano volta ao Recife e, até 1956, dedica-se à advocacia. Continua, no entanto, ligado à atividade teatral. Cria obras ligadas ao humor e integra o grupo Gráfico Amador. Nesse período, escreve um dos seus maiores clássicos, "O auto da compadecida" (1955)
Há duas raças de gente com quais simpatizo: mentiroso e doido, porque eles são primos dos escritores. (...) Na minha vida não acontece nada. Se eu não mentir, o que é que eu vou contar?"
"O auto da compadecida" é encenado pela 1ª vez no Teatro de Santa Isabel, no Recife. Ariano deixa a advocacia e se torna professor de estética na UFPE. Publica seu 1º romance: "A história de amor de Fernando e Isaura"
Casa-se com Zélia, com quem teve 6 filhos e 13 netos. Em SP, a Cia Sérgio Cardoso encena "O casamento suspeitoso". Ariano publica "O santo e a porca", e "O auto da compadecida" torna-se sucesso no Rio. Cinco anos mais tarde, o crítico Sábato Magaldi diria que a peça é "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro"
Fotos: ACERVO PESSOAL/ARIANO SUASSUNA
Começa a escrever o “Romance d'A pedra do reino'. Em 1959, ao lado do teatrólogo Hermilo Borba Filho, funda o Teatro Popular do Nordeste. Essa parceria daria início, em 1964, à articulação ao Movimento Armorial
Não tenho nada contra a cultura universal, mas não posso admitir que se considere sinônimo de universal a cultura de massa. Ela é o contrário da universalidade, é a uniformização"
Ariano conclui o "Romance d'A pedra do reino". O concerto "Três séculos de música nordestina – Do Barroco ao Armorial" marca o início do Movimento Armorial, no Recife
Publicado, “A pedra do reino” vence o Prêmio Nacional de Ficção do Instituto Nacional do Livro. O livro é considerado por muitos intelectuais como a obra-prima do escritor
Ariano toma posse na cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras. Em 1993, “A pedra do reino” vira festa na cidade pernambucana de São José do Belmonte: é uma cavalgada em que os participantes usam trajes como os descritos no romance de Ariano
Fotos: REPRODUÇÃO TV GLOBO
Eu acho que a arte, por natureza, não é uma imitação do real, é uma recriação. (...) Se fosse para imitar a realidade do dia a dia, melhor seria ficar com a própria realidade"
A peça "Uma mulher vestida de sol" é sua 1ª obra adaptada para a TV. Em 1999, o "Auto da compadecida" vira minissérie, e, um ano depois, ganha filme. "A pedra do reino" virou minissérie em 2007
Ariano estreia a série “Grande cantoria”, aula-espetáculo que reúne violeiros e repentistas. Em 2002, é homenageado em enredo no carnaval do Rio
Fotos: NELSON DI RAGO TV GLOBO, REPRODUÇÃO TV GLOBO
Assume a Secretaria de Cultura de Pernambuco, no governo Eduardo Campos – o escritor já havia desempenhado a função em 1995, no governo Miguel Arraes. Em 2011, vira chefe da Assessoria Especial do governo
É internado duas vezes. Primeiro, por infarto agudo do miocárdio, mas logo recebeu alta. Dias depois, é hospitalizado novamente, por conta de um aneurisma cerebral. É liberado cerca de uma semana depois
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