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Warner dança para celebrar liberdade e se defende: "Sou inocente"

Ex-presidente da Concacaf e ex-vice da Fifa se recupera de exaustão que o tirou da cadeia e cobra: "Por que apenas pessoas do terceiro mundo estão sendo acusadas?"

Por Chaguanas, Trinidad e Tobago

A exaustão que fez Jack Warner deixar a cadeia de ambulância, após pagamento de fiança, não durou nem 24 horas. Respondendo em liberdade às 12 acusações que envolvem fraude, extorsão e lavagem de dinheiro, o ex-presidente da Concacaf e ex-vice-presidente da Fifa celebrou dançando em um encontro político, em Chaguanas (Trinidad e Tobago), sua soltura. Em uma entrevista coletiva, o dirigente de 72 anos se defendeu do envolvimento no escândalo  e cobrou explicações sobre a origem do dinheiro que supostamente chegava até ele.

- Se eu roubei a Fifa por 30 anos, quem me deu o dinheiro? Como ele não é acusado? Por que apenas pessoas do terceiro mundo estão sendo acusadas? - disse Warner, lembrando que nenhum europeu foi preso na investigação.

Jack Warner, ex-vice-presidente da Fifa, é visto festejando  (Foto: Andrea de Silva/ Reuters)Jack Warner, ex-vice-presidente da Fifa, é visto festejando liberdade, em Trinidad e Tobago (Foto: Andrea de Silva/ Reuters)



Se eu roubei a Fifa por 30 anos, quem me deu o dinheiro? Como ele não é acusado? Por que apenas pessoas do terceiro mundo estão sendo acusadas?
Jack Warner, ex-presidente da Concacaf


Lembrando o período que deixou a participação direta com futebol, Jack Warner jurou inocência e disse ter dedicado os últimos anos aos compatriotas.

- As pessoas de Trinidad e Tobago vão saber que deixei a Fifa e o futebol internacional mais de quatro anos atrás. Ao longo desses anos, dediquei minha vida a melhorar a situação de cada cidadão desta nação. Lutei sem medo contra todas as formas de injustiça e corrupção. Reitero que sou inocente.

Apesar da liberdade, Warner foi obrigado a deixa o passaporte em poder de autoridades locais e terá que prestar esclarecimentos duas vezes por semana até voltar ao tribunal, no dia 12 de julho. Um comunicado do Ministério da Procuradoria-Geral disse que está cooperando com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos há um ano no que envolve Jack Warner e uma possível extradição não está descartada.