A exaustão que fez Jack Warner deixar a cadeia de ambulância, após pagamento de fiança, não durou nem 24
horas. Respondendo em liberdade às 12 acusações que envolvem
fraude, extorsão e lavagem de dinheiro, o ex-presidente da Concacaf e
ex-vice-presidente da Fifa celebrou dançando em um encontro político,
em Chaguanas (Trinidad e Tobago), sua soltura. Em uma entrevista coletiva, o dirigente de 72 anos se defendeu do envolvimento
no escândalo e cobrou explicações sobre a origem do dinheiro que
supostamente chegava até ele.
- Se eu roubei a Fifa por 30 anos, quem me deu o
dinheiro? Como ele não é acusado? Por que apenas pessoas do terceiro mundo
estão sendo acusadas? - disse Warner, lembrando que nenhum europeu foi preso na investigação.
Lembrando o período que deixou a participação direta com
futebol, Jack Warner jurou inocência e disse ter dedicado os últimos anos aos
compatriotas.
- As pessoas de Trinidad e Tobago vão saber que deixei a
Fifa e o futebol internacional mais de quatro anos atrás. Ao longo desses anos,
dediquei minha vida a melhorar a situação de cada cidadão desta nação. Lutei
sem medo contra todas as formas de injustiça e corrupção. Reitero que sou
inocente.
Apesar da liberdade, Warner foi obrigado a deixa o
passaporte em poder de autoridades locais e terá que prestar esclarecimentos
duas vezes por semana até voltar ao tribunal, no dia 12 de julho. Um comunicado
do Ministério da Procuradoria-Geral disse que está cooperando com o
Departamento de Justiça dos Estados Unidos há um ano no que envolve Jack Warner
e uma possível extradição não está descartada.