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Senado dos EUA não renova lei que dava permissão ao governo para espionagem

Senado dos EUA não renova lei que dava permissão ao governo para espionagem

Lei Patriótica, sancionada por Bush em 2001, expirou à meia-noite de segunda-feira; agora Congresso discutirá Lei da Liberdade

REDAÇÃO ÉPOCA
01/06/2015 - 12h30 - Atualizado 01/06/2015 12h38
Senador John McCain é rodeado pela imprensa americana em meio à votação sobre espionagemr (Foto: AP)

O Senado dos Estados Unidos não prorrogou a lei que autorizava a espionagem, que expirou à meia-noite desta segunda-feira (1º), e deu novo passo para limitar a vigilância do governo americano em nome do combate ao terrorismo. A Casa, segundo o jornal O Globo, também permitiu que a Câmara dos Deputados americana comece a discutir a Lei de Liberdade, que limita significativamente a espionagem do governo a cidadãos e empresas.

A Lei Patriótica foi sancionada pelo ex-presidente George W. Bush após os ataques às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001. Ela foi renovada em 2005 e teve alguns pontos estendidos em 2011, quando Barack Obama já era presidente. Um dos dispositivos mantidos foi a possibilidade de deter imigrantes por períodos indeterminados, algo inconstitucional. A seção 215 desta lei expirava nesta segunda e não foi mantida em vigor pelos senadores.

Já a Lei da Liberdade, que o Senado permitiu à Câmara discutir por  77 votos a favor e 17 contra, permite que o governo continue a ter acesso aos dados, mas só com autorização. A proposta conta com forte apoio de Obama e foi formulada de maneira bipartidária por democratas e republicanos. O intuito é que dados sejam mantidos em sigilo por empresas de telecomunicações, e não pelo governo, e a NSA teria de pedir autorização para obtê-los.

A Casa Branca atacou senador pela não prorrogação da Lei Patriótica. “Instamos o Senado a garantir que este lapso irresponsável dure o mínimo possível. Por uma questão tão crítica quanto a nossa segurança nacional, os senadores devem colocar de lado as suas motivações partidárias e agir rapidamente”, afirmou a Casa Branca de acordo com O Globo.

O Senado volta a discutir a questão na terça-feira, pois objeções apresentadas pelo senador Rand Paul, pré-candidato dos republicanos à presidência, travaram a pauta. Ele e outros pré-candidatos temem a rejeição da população americana, contrária à espionagem desde que Edward Snowden, ex-agente da NSA, revelou abusos do programa de monitoramento telefônico.








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