Na noite de quinta-feira (12), foi solto o terrorista italiano Cesare Battisti. Ele tinha sido preso de tarde pela Polícia Federal, cumprindo ordem da Justiça, segundo a qual Battisti não tem direito de permanecer no Brasil por ter sido condenado pelo assassinato de quatro pessoas na Itália. Battisti acabou beneficiado por um habeas corpus.
Antes de receber a notícia de que seria libertado, Cesari Battisti tinha sido submetido aos procedimentos de prisão na Polícia Federal.
Na noite de quinta-feira (12), Cesare Battisti foi fazer o exame de corpo de delito no IML, mas logo voltou ao prédio da superintendência da Polícia Federal, na zona oeste da capital paulista.
Cesare Battisti foi preso em casa no fim da tarde de quinta (12), na cidade de Embu das Artes, na Região Metropolitana de São Paulo. Ele estava com a mulher e com a filha e não resistiu à prisão.
A ordem de prisão foi decretada pela juíza Adverci de Abreu, da 20ª Vara Federal de Brasília.
No fim do mês passado, ela atendeu a um pedido do Ministério Público Federal e determinou a deportação de Battisti.
De acordo com a juíza, o italiano está em situação irregular no Brasil e ele não tem direito ao visto de permanência porque foi condenado na Itália pela morte de quatro pessoas nos anos de 1970, quando era militante de um grupo de esquerda.
Em 2004, Cesare Battisti fugiu para o Brasil. Em 2007, foi preso no Rio de Janeiro por falta de documentos. No mesmo ano, a Itália pediu a extradição de Battisti. Em 2009, o Supremo Tribunal Federal concordou, mas disse que a decisão final era do então presidente Lula que, em 2010, negou a extradição. O italiano alegava sofrer perseguição política em seu país.
Para a juíza Adverci de Abreu, Battisti deve ser deportado para a França ou para o México, por onde passou antes de chegar ao Brasil.
A notícia da prisão de Cesare Battisti apareceu com destaque nos principais jornais da Itália.