Um dos 14 investigados no escândalo da Fifa, o trinitino Jack
Warner se entregou às autoridades de seu país na tarde desta quarta-feira, informou
o porta-voz do Serviço de Polícia de Trinidad e Tobago ao jornal “Los Angeles
Times”. Ex-vice-presidente do Comitê Executivo da Fifa e ex-presidente da
Concacaf, ele não está entre os dirigentes presos pela polícia suíça em
Zurique, mas tem nome ligado ao processo movido pela Justiça dos Estados Unidos.
Apesar de ter se apresentado à polícia, Warner não
permanecerá preso. Segundo a agência Associated Press, ele pagou uma fiança de
2,5 milhões de dólares de Trinidad e Tobago (R$ 1,25 milhão) para responder em
liberdade às 12 acusações que envolvem fraude, extorsão e lavagem de dinheiro.
Segundo a imprensa local, ele foi obrigado a entregar o
seu passaporte e terá que voltar ao tribunal no dia 12 de julho. Ao menos, até segunda
ordem. Um comunicado do Ministério da Procuradoria-Geral disse que está
cooperando com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos há um ano no que
envolve Jack Warner e uma possível extradição não está descartada.
- Hoje, os Estados Unidos da América solicitaram formalmente
à assistência da Autoridade Central a emissão de um mandado de detenção
provisória para Warner, enquanto se aguarda o início do processo de extradição –
disse o documento.
O comunicado disse ainda que Warner tem direito a um
processo justo de extradição, e o pedido foi feito de acordo com o tratado entre os governos dos EUA e de Trinidad e Tobago.