Toda segunda feira, você sabe, existe uma ressonância econômica que avalia o quadro clínico de um paciente chamado Brasil. O diagnóstico é feito por um vasto conjunto com mais de 100 economistas que atuam em bancos, corretoras e consultorias no país.
Como o número é uma média das previsões de todo esse povo, se a média muda muito é sinal de que muitos especialistas estão ficando mais otimistas ou mais pessimistas. E como diz o ditado, se todo mundo diz que a vaca é malhada, pelo menos uma pinta ela tem!
Vamos saber o que está acontecendo com três dos principais indicadores. De acordo com o boletim Focus do Banco Central, a estimativa para o crescimento do Brasil em 2015 passou de uma retração de 0,83% há uma semana, para queda de 1% agora. Para comparar, em janeiro o avanço era estimado em crescimento de 0,5%. Para o PIB do ano que vem, a aposta atual é de um avanço de 1,06%.
Se a previsão do PIB piorou tanto assim em apenas três meses, é de se supor que com uma atividade mais fraca a inflação arrefeça, perca força, certo? Errado! O avanço dos preços para 2015 era estimado em 6,56% no começo do ano. Agora, em 8,13%. Para o ano que vem, a estimativa está em 5,60%.
As máquinas devem girar com menos força em 2015. A previsão para a produção industrial caiu de menos 2,19% para menos 2,42%. Em janeiro a aposta ainda era de crescimento superior a 1%. A esperança de recuperação fica para 2016.