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Platini recua e decide devolver
relógio de luxo que ganhou da CBF

Em entrevista a jornal alemão, diretor de comunicação da Uefa, Pedro Pinto, encerra
a polêmica após presidente da entidade ter dito que não devolveria o presente à Fifa

Por Berlim

Relógio da CBF  (Foto: Divulgação)Relógio ainda causa polêmica (Foto: Divulgação)

O presidente da Uefa, o francês Michel Platini, decidiu devolver à Fifa o relógio de luxo que recebeu da CBF durante a Copa do Mundo, após chegar a dizer que ficaria com o presente. A informação foi divulgada nesta segunda-feira pelo diretor de comunicação da Uefa, Pedro Pinto, em entrevista ao jornal alemão "Die Welt".

- O presidente da Uefa assume que o assunto está resolvido - disse Pedro Pinto, na entrevista publicada pelo jornal alemão.

A polêmica começou depois que a entidade máxima do futebol divulgou um comunicado dizendo que os membros agraciados com a peça de luxo deveriam devolver o presente, algo que, incialmente, Platini não aceitou. O prazo estipulado seria até 24 de outubro deste ano.

- Primeiro, fui surpreendido com o valor do relógio. Depois, fiquei surpreso com o comunicado da Fifa. Se o Comitê de Ética não estava satisfeito, devia ter dito. Já passaram quatro meses desde o Mundial. Agora, vem fazer isto só porque saiu um artigo na imprensa inglesa? Não fui educado assim. Não devolvo presentes. Vou doar o valor do relógio em dinheiro a uma associação que revelarei no futuro – justificou-se o presidente da Uefa, em meados de setembro, em entrevista ao "L'Equipe".

Michel Platini, Presidente UEFA (Foto: Agência Reuters)Michel Platini, presidente da Uefa, decide devolver relógio polêmico (Foto: Agência Reuters)


O motivo é uma investigação devido ao valor das peças. A CBF alega que pagou US$ 8.750 (R$ 20.500,00) por cada um, mas, segundo investigação do Comitê de Ética, o relógio tem valor de mercado avaliado em R$ 62.500.

No total, foram oferecidos 70 relógios pela CBF aos membros da Fifa e cada um dos representantes das federações dos países que disputaram a Copa do Mundo no Brasil, realizada em junho. Agora, a Fifa quer doar cada uma das peças devolvidas para ONGs brasileiras.