A partida contra o Sampaio Corrêa foi apenas a segunda do
Santa Cruz sob o comando de Marcelo Martelotte em seu retorno ao clube, mas já
é possível observar mudanças táticas e de postura na equipe coral. Após a
vitória por 1 a 0, que tirou o Tricolor da zona de rebaixamento da Série B, o
técnico ressaltou a obediência dos jogadores às orientações dadas durante a
semana que antecedeu o confronto contra os maranhenses, além do volume de jogo
aplicado pelo Santa Cruz durante boa parte dos noventa minutos.
- Mesmo com o placar apertado posso dizer que fizemos uma
grande apresentação, jogando um futebol para vencer a partida. A equipe esteve
bem tanto na defesa como setor ofensivo e fiquei muito feliz com a resposta dos
atletas ao que propusemos para enfrentar o Sampaio Corrêa. Praticamente não
tivemos sustos, com o adversário finalizando apenas três vezes, mas isso não
significa que está tudo resolvido. O time ainda precisa de ajustes, mas o mais
importante foi o resultado, que já não vinha há seis rodadas e que nos deixa
numa condição mais tranquila para seguir na competição.
Além da estreia do meio-campista Lelê, outra novidade de
Martelotte para a partida foi designar o volante Bruninho para fazer uma
marcação individual no atacante Pimentinha. O técnico coral elogiou os dois
atletas e explicou o motivo de colocar um “carrapato” grudado no rápido jogador
do Sampaio Corrêa.
- O Lelê cumpriu bem seu papel em campo, se movimentou
bastante e abriu espaços para criarmos chances de gol. É um jogador com uma
consciência tática muito grande e, pelas substituições que fizemos precisou
ficar até o final do jogo, mesmo sem estar na condição física ideal. Já
Bruninho foi perfeito na função que demos para ele. Além de anular uma peça
importante do Sampaio Correia, a intenção era poder trabalhar pelo lado
esquerdo, primeiro com Lúcio, que teve liberdade para subir ao ataque e depois
com Renatinho, que acabou marcando o gol da vitória.
O técnico comentou ainda a atuação do árbitro baiano Gleidson
Oliveira, que teria deixado de marcar dois pênaltis a favor da Cobra Coral, um
em João Paulo, outro em Luisinho, ambos no segundo tempo.
- Não gosto de falar de arbitragem nem na vitória e nem na
derrota. Lá no Ceará, no último jogo, tivemos um pênalti marcado contra nós que
não aconteceu, mas tive a preocupação de não transformar isso em uma muleta
para que justificar os nossos erros naquela partida. Trabalhei no vestiário que
conseguiríamos passar por cima dessas situações e foi o que aconteceu hoje.
Estou muito satisfeito com o resultado, tanto pela vitória, como pela atuação.