• Fabiana Pires
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Patrícia Bueno foi de um espaço de  20 metros quadrados para 100 metros quadrados (Foto: Divulgação)

Patricia Bueno foi de um espaço de 20 metros quadrados para 100 metros quadrados (Foto: Divulgação)

O que encantou a paulistana Patricia Bueno, de 37 anos, sobre o pilates foi o cuidado que o professor precisa ter com o aluno. Por isso, quando teve de decidir a área em que se especializaria depois de se formar em Educação Física, escolheu aprender mais sobre o método. Isso foi há 10 anos. Mal ela imaginava que no início de 2015 abriria as portas de seu próprio estúdio na região do ABC, na Grande São Paulo.

Pós-graduada no estudo do pilates, Patricia trabalhou durante muito tempo como professora em academias da capital paulista. Ela decidiu virar empreendedora depois de perceber que não conseguiria atender os alunos da maneira que gostaria em grandes estabelecimentos.  Ensinar pilates, diz ela, exige muita concentração.

"Por isso que cada aula que dou tem no máximo três alunos. Eu tenho de estar atenta a muitas coisas: se o aluno está alinhado, se o equipamento está posicionado corretamente para ele realizar os movimentos com segurança. Isso não acontece em outras atividades físicas", diz.

Patrícia Bueno foi de um espaço de  20 metros quadrados para 100 metros quadrados (Foto: Divulgação)

"Quando olho para esse espaço e vejo cada pedacinho conquistado, me dá muito orgulho", diz Patricia Bueno (Foto: Divulgação)

Em 2012, ela decidiu alugar uma sala em uma academia onde atuava como professora. O espaço tinha pouco mais de 20 metros quadrados, que ela tinha de dividir com outros profissionais. "Mas já era um começo", afirma. Patricia pagava o valor do aluguel com 30% do que recebia de mensalidade dos 40 alunos que tinha. Depois de dois anos, contudo, a agitação do ambiente em volta começou a atrapalhar as aulas. "Muita gente entrava e saía, tinha um barulho muito grande e isso me incomodava porque incomodava os alunos também." Foi quando ela percebeu que teria de encontrar um espaço próprio.

Como morava no ABC, ela decidiu sair para conhecer imóveis disponíveis na região. Encontrou uma casa de 100 metros quadrados em São Bernardo do Campo e decidiu alugar. A agora empreendedora conseguiu financiar R$ 20 mil no banco para comprar os aparelhos e decidiu, ela mesma, ficar responsável pela reestruturação do lugar. Patricia nunca havia coordenado uma reforma antes e diz que sentiu muita dificuldade no começo. "Meu marido é músico, me ajudou o máximo que conseguiu. Só que ele está em outra área, também não entendia do assunto. Eu resolvi que ia aprender o que precisasse: a aparafusar, pintar, a conversar com os pedreiros, com os pintores e gesseiros."

Hoje, o estúdio tem quatro funcionários e atende 60 clientes. Como as operações por lá começaram para valer em janeiro, ela diz que ficou com medo de os alunos trancarem matrícula por causa das férias. Mas todos permaneceram. "Quando olho para esse espaço e vejo cada pedacinho conquistado, me dá muito orgulho. Eu penso: fiz isso sozinha. É algo indescritível", afirma. Sobre as lições que aprendeu durante o trajeto para se tornar a dona de um negócio, ela diz que ficou a perseverança e a segurança. "Hoje eu vejo que me arrisco mais, dou mais a cara para bater. O empreendedorismo me ensinou a não ter medo."