05/03/2015 20h20 - Atualizado em 05/03/2015 20h20

Com base em delação, Youssef pede perdão judicial na Lava Jato

Pedido foi feito em um dos processos que o doleiro responde na Justiça.
Ao todo, ele é réu em 11 ações penais decorrentes da Lava Jato.

Do G1, em Brasília

O doleiro Alberto Youssef, apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como um dos chefes do esquema de lavagem de dinheiro que desviou recursos da Petrobras, pediu perdão judicial à Justiça em uma das ações penais em que ele é reu no âmbito da Operação Lava Jato.

O pedido teve como base o acordo de delação premiada firmado entre o doleiro e o Ministério Público, e foi feito nas alegações finais do processo.

 

Ao todo, Youssef responde a 11 processos decorrentes da Lava Jato. Nesta ação penal específica, o doleiro é acusado pelos procuradores da República de ter chefiado um esquema que, em 2008, lavou R$ 1.165.000,00. Conforme a denúncia, o dinheiro seria do ex-deputado José Janene, morto em 2010, e seria originário do esquema do mensalão.

De acordo com a defesa do doleiro, a delação de Youssef permitiu "a identificação de autores e coautores dos delitos investigados" na Lava Jato, além da recuperação de "valores obtidos com desvios de  recursos da Petrobras". 

"Diante da colaboração que foi iniciada antes mesmo da homologação do acordo, e especialmente dos resultados já atingidos pelo MPF é razoável que Youssef receba no caso vertente o perdão judicial, haja vista que a exclusão da responsabilidade estaria atrelada à desnecessidade de se punir um acusado colaborador", afirma a defesa.

Caberá ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo da Lava Jato em primeira instância, decidir em sua sentença se aceita ou não o pedido de Youssef. Pelo acordo de delação premiada feito entre o doleiro e o MPF, Youssef, se condenado em todas as ações que responde, ficará no máximo cinco anos preso em regime fechado.

O tempo será contado a partir da prisão dele, em março de 2014. Atualmente, ele permanece detido na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. O acordo ainda prevê que ele terá direito a cela especial.

Outros pedidos
Youssef não foi o primeiro delator da Lava Jato a pedir perdão à Justiça. Em fevereiro, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, também pediu anistia da pena com base no acordo de delação premiada. O mesmo foi feito em janeiro pelo executivo Julio Camargo.

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