De um lado, a equipe de basquete de Porto Rico era a atual campeã dos
Jogos Pan-Americanos e tinha uma forte Carla Cortijo. Mas, do outro, o time brasileiro conseguiu se unir para superar os erros menos de 20 horas depois da derrota para os Estados Unidos na estreia. Entre
as atletas mais novas e as mais experientes, as jogadoras conseguiram o
suficiente para seguir na briga por uma vaga na semifinal. Jaque, Kelly, Tainá e Karina somaram 44 pontos e ajudaram o time do técnico Luiz Zanon a vencer
por 62 a 57.
Durante a partida, as defesas tiveram mais
momentos de destaque. Os dois times cometeram muitos erros, o que fez
com que o placar não fosse maior. O conjunto brasileiro, por sua vez,
pôde tomar as rédeas e ficou na frente do marcador após cada um dos
quartos. Mesmo tomando um susto no fim, conseguiu a vitória.
- Hoje a gente só tinha a opção da vitória. A gente até jogou abaixo da nossa expectativa no sentindo tático, de confronto, mas jogamos para a vitória. Agora aguardamos a sequência - disse o treinador, após a partida.
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Jaqueline foi a cestinha brasileira, com 13 pontos. Kelly anotou 11 e Tainá terminou com 10. Karina Jacob apareceu muito bem na reta final e foi outro destaque do time brasileiro, terminando a partida com um duplo-duplo: 10 pontos e 10 rebotes. Pelo lado de Porto Rico, os 20 pontos da inspirada Cortijo não foram suficientes para a vitória.
Com a vitória brasileira, ficou tudo embolado no Grupo A. O Brasil chegou a 3 pontos e assumiu a ponta. Porto Rico vem na sequência, com a mesma pontuação, mas desvantagem no confronto direto. Os Estados Unidos estão em terceiro, com dois pontos, mas podem assumir a liderança em caso de vitória sobre a lanterna República Dominicana, que soma apenas um. As duas equipes se enfrentam ainda nesta sexta-feira. As duas primeiras seleções avançam para as semifinais.
A disputa do basquete no Pan é uma verdadeira maratona, com jogos todos os dias. As meninas do Brasil voltam a entrar em quadra neste sábado, às
14h30 (de Brasília), diante de República Dominicana. Sobre o curto intervalo entre os jogos em Toronto, Zanon reconhece que não é o cenário ideal.
- Temos que estar preparados. Fizemos amistosos com essas posições de horário para nos adaptarmos. Mas é ser humano, é difícil recuperar e tem o lado emocionado. Agora temos 24h até o próximo jogo. Deu para sentir. Você tendo mais tempo de descanso, é melhor - disse o técnico.
A ideia do técnico é não poupar ninguém para a próxima partida. Mas trabalha com algumas questões que ainda serão avaliadas. Kelly cortou a boca e tomou pontos, e Karina Jacob sentiu dor musculares.
brasil larga bem, leva susto, mas garante vitória
(Foto: Gaspar Nobrega / Inovafoto)
As brasileiras entraram em quadra com mais uma missão difícil em
Toronto. Depois da derrota para os Estados Unidos, tinham pela frente as
atuais campeã pan-americanas da modalidade. Mas logo nos segundos iniciais
imprimiram um ritmo ainda mais intenso que, de certa forma, surpreendeu
as adversárias. No embalo de uma boa atuação de Jaque, as meninas
fecharam o período em 20 a 14.
No segundo quarto, no entanto, o time
brasileiro acabou pisando no freio e acabou ultrapassado na metade da parcial: 23 a 22. Pelo time de
Porto Rico, Carla Cortijo ia dando trabalho para a defesa. A três
minutos para o fim da etapa, o time de Zenon acelerou de novo e, com
boa participação de Kelly, viu Porto Rico novamente recuado. Assim, as brasileiras foram
para o intervalo na frente com 31 a 26.
O
ritmo no terceiro quarto começou lento para as duas equipes. Até a
metade, as brasileiras só haviam marcado 4 pontos. Do lado
porto-riquenho, Cortijo tentava resolver, mas o conjunto brasileiro
conseguiu fazer frente. Além de Jaque e Kelly, Tainá também chamou o
jogo. No fim da etapa, Gilmara saiu de quadra carregada após uma série
de trombadas no garrafão - sendo atingida sem querer pela companheira
Karina. O time de Zenon foi para a reta final da partida com seis pontos
de vantagem (40 a 46).
Com uma bola de três pontos de Karina, o Brasil continuou com boa em vantagem no início do último período. Após o susto, Gilmara conseguiu voltar para a quadra e ajudou a manter a seleção na frente até a metade da parcial: 53 a 45. No entanto, a três minutos do fim, o Brasil iniciou uma série de erros na saída de bola e nos arremessos, que permitiram contra-ataques fáceis para Porto Rico, que conseguiu diminuir para apenas dois pontos a diferença no último minuto de partida: 57 a 55. Com uma bandeja no garrafão, Karina colocou a vantagem em quatro novamente para o Brasil. As porto-riquenhas ainda conseguiram encostar mais uma vez, porém, falharam nos segundos finais, tiveram que cometer faltas e o Brasil fechou em 62 a 57.