Na expedição ao Pantanal, não faltaram belos cenários às lentes do Terra da Gente. Nas alturas ou em terra firme, a natureza mostrou todos os seus encantos. Logo na primeira parada, no município de Bonito, no Mato Grosso do Sul, a equipe deparou com uma grande surpresa. Em meio a cachoeiras, grutas e áreas verdes, os repórteres encontraram a anta Gigi.
Órfã, desde filhote, Gigi recebe carinho e comida dos donos da pousada que frequenta. A grandalhona tornou-se mascote do local e mostrou-se receptiva e amiga dos hóspedes. “O que me chamou atenção é que ela era muito sossegada, recebia carinho dos turistas. Toda a equipe ficou animada quando a viu”, conta o repórter Eduardo Lacerda.
Gigi é um animal selvagem e vive livre no Pantanal, mas, diferentemente de qualquer outro animal de sua espécie, é bem próxima dos homens e não teme nenhum contato. Todos os dias, a anta vai em busca de aperitivos: folha de limão, folha de mangueira, banana e outras frutas.
A equipe do TG já encontrou e filmou antas em plena floresta, porém sempre com certa distância para não espantar o animal. “A anta é um animal arisco e bravo. Eu mesmo já tinha visto o animal no mato e também sob os cuidados de pesquisadores, mas nunca tão próxima e tão amiga assim”, lembra Lacerda.
O repórter se encantou com a figura amistosa de Gigi. “Senti uma vontade grande de abraçá-la e percebi que podia fazer isso. Vendo as imagens depois, percebi que ela sentiu o mesmo que eu: um aconchego, um carinho.”
Para tornar o encontro ainda mais inusitado, Lacerda nadou com Gigi. Quem o convidou para tal façanha foi o dono da pousada, que já havia nadado com a anta. “Foi a maior surpresa da minha vida. Comparo como se fosse nadar com um tubarão. Foi como se estivesse quebrando todas as regras.” No início, o repórter ficou receoso. Afinal, Gigi é um animal selvagem e tem seus instintos. Ao final, porém, Lacerda percebeu que a anta não iria lhe fazer mal. “Ela queria brincar e até mordiscou a câmera.”
Com a experiência, a mãe natureza mostrou que é possível o contato entre animal e homem, desde que haja respeito com o espaço de cada um. “Para o animal, não é saudável manter contato com o homem, pois alguém algum dia pode-lhe fazer mal. Mas é importante que tenha um encontro amistoso para que o respeito e os cuidados com a natureza se fortaleçam”, diz Lacerda.
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