03/03/2015 18h21 - Atualizado em 04/03/2015 07h55

Trabalhadores morrem em obra de condomínio residencial de Curitiba

Homens entraram em cisterna e ficaram inconscientes, diz médico.
Uma das vítimas sobreviveu e está em estado grave no Hospital Evangélico.

Sabrina CoelhoDo G1 PR

Trabalhadores morrem em obra de condomínio residencial de Curitiba (Foto: Sabrina Coelho/ G1)Trabalhadores morrem em obra de condomínio residencial de Curitiba (Foto: Sabrina Coelho/ G1)

Dois trabalhadores de uma obra de um condomínio residencial, no bairro Mercês, em Curitiba, morreram na tarde desta terça-feira (3). De acordo com o Corpo de Bombeiros, eles podem ter sido vítimas de intoxicação. Todavia, apenas exames do Instituto Médico-Legal (IML) poderão determinar a causa da morte. Outros dois operários foram socorridos com vida e encaminhados ao Hospital Evangélico. Um deles está em estado grave.

Segundo os bombeiros, um dos trabalhadores entrou em uma cisterna e não retornou. Um segundo tentou socorrê-lo mas também desmaiou. O mesmo aconteceu com outros dois operários. Enquanto os próprios colegas tentavam fazer o resgate, os bombeiros foram acionados.

As vítimas foram retiradas uma a uma em função do espaço estreito para chegar à cisterna. Trinta homens do corpo de bombeiros e dez viaturas foram usadas na ocorrência. Segundo o capitão Daniel Lorenzetto, o quarto trabalhador a entrar, um mestre de obras, foi socorrido pelos próprios colegas antes mesmo de desmaiar. Os outros três foram retirados do local com parada cardíaca. Um deles foi reanimado pela equipe de resgate, mas os outros não resistiram.

O médico do Corpo de Bombeiros Gleicon Oliveira explicou que os três trabalhadores tiveram sangramento por via respiratória e que isso é um sinal de intoxicação por gás. Entretanto, não foi descartada a possibilidade das vítimas terem desmaiado em função da falta de oxigênio no local e, por estarem inconsciente, se afogado em uma pequena quantidade de água que estava no fundo da cisterna.

Um helicóptero chegou a ser levado para o local, mas não precisou ser utilizado.

As vítimas que faleceram trabalhavam como encarregado de ferragens e carpinteiro. Já os outros – que foram levados para o hospital – trabalham como mestre de obra e encarregador de carpintaria.

Equipes de investigação da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Decrisa), peritos da Polícia Científica e do IML foram até o local para apurar as causas do acidente e possíveis responsáveis.

De acordo com o proprietário da incorporadora responsável pela obra, Karim Joaquim, o velório e o sepultamento estão sendo providenciados e toda a assistência está sendo dada para as famílias das vítimas, que são da Região Metropolitana de Curitiba.