Claudio Pitbull está com saudades de competir em alto nível. "Sumido" para o público brasileiro, o
atacante de 33 anos ainda segue na ativa, vive em Portugal e está no
momento sem contrato, mas não pensa em pendurar a chuteira tão cedo. Depois de férias forçadas em um frustrante 2014 por conta de
lesões e poucos jogos pelo Gil Vicente, o gaúcho, que fez sucesso no
Grêmio e virou em ídolo em times portugueses, se diz completamente
recuperado e pronto para uma nova fase na carreira.
O
jogador tirou 2014 como seu ano sabático. Entre os descansos em sua
recuperação e treinamentos por conta própria na cidade do Porto, onde vive com
seus pais há uma década, Pitbull fez diversas viagens pelo mundo, que ele mesmo
define como oportunidades de reflexão.
Seus perfis em redes sociais
estão cheios de fotos ao redor do planeta, como em Las Vegas (com direito a pose ao lado de Mike Tyson),
no Grand Canyon (Estados Unidos), na Ásia, em Paris (com Thiago Silva e David Luiz) e até
em Barcelona, cidade que pode ser seu próximo destino na carreira.
Completamente
adaptado à Europa, e com propostas de clubes do Kuwait e do Catar, o
atacante não descarta assinar com um time árabe, mas busca uma equipe
para jogar seus últimos anos como jogador profissional em alto nível. O
Espanyol, de Barcelona, está em contato com os empresários do jogador e
disputar a liga espanhola pode ser seu destino. Voltar ao Brasil, por enquanto,
está em segundo plano.
-
Infelizmente, no Brasil, com 33 anos você é considerado velho, e estou
cansado de relatos de amigos que vão pra clubes e ficam sem receber -
comenta.
O único time que faz Pitbull balançar é o Grêmio,
onde ganhou o apelido que carrega até hoje, se formou, e passou dez anos
de sua vida. Acostumado a ir passar férias em Porto Alegre, o atacante
conta que sempre é parado por torcedores na rua que o pedem para voltar
ao clube.
- Eu agradeço e fico feliz com o
legado que deixei. Tenho praticamente o coração azul pela ligação com o
clube, mas também deixei muitas amizades no Brasil, pelos outros clubes
que passei - lembra o jogador, que teve passagens não tão vencedoras por
Santos, Fluminense, e, recentemente, em 2012, pelo Bahia.
Dono de dupla nacionalidade,
brasileira e italiana, de sobrenome Majolaro, Cláudio também estuda
propostas de times da Itália, mas sonha em atuar na Premier League. Como
está sem contrato, o atacante não tem pressa para fechar com um clube,
já que não precisa o fazer antes do fim da janela na Europa, em 31 de
janeiro.
- Minha preferência é o Campeonato
Inglês. Mas o Espanhol é muito bonito. Prefiro ligas assim onde jogam
para frente, os jogos tem três, quatro gols, é legal para um atacante.
Tenho me cuidado bem e aprendi muito nesses anos de Europa. Não tenho
mais meus 17 anos como quando comecei, mas não estou velho, e ganhei
muito com a experiência - diz.
Apesar da última
passagem frustrante pelo Gil Vicente, Pitbull é considerado ídolo no
Vitória de Setubal, onde liderou o time em seu melhor ano e virou até
nome de pizza. O atacante também teve boa passagem pelo Marítimo, mas
considera que chegou a hora de mudança em sua carreira, resta saber em
que parte do mundo será esta nova etapa.