Edição do dia 21/04/2015

21/04/2015 08h40 - Atualizado em 21/04/2015 08h43

MPF pede prisão preventiva da cunhada de ex-tesoureiro do PT

Para procuradores, Marice pode não ter dito a verdade em depoimento à PF.
Doleiro Alberto Youssef disse que fez pagamentos de propina a Marice.

O Ministério Público Federal pediu, na segunda-feira (20) à noite, a prisão preventiva da cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Os procuradores acreditam que ela mentiu no depoimento à Polícia Federal.

Presa desde sexta-feira passada, Marice Correia de Lima prestou depoimento na segunda, por pouco mais de duas horas. Marice é cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vacari Neto, que também está preso. Em depoimento de delação premiada, o doleiro Alberto Youssef disse que fez pagamentos de propina a Marice.

A prisão temporária de Marice Correia de Lima vence nesta terça-feira, mas o Ministério Público Federal quer que a Justiça decrete a prisão preventiva dela. Para os procuradores, Marice pode não ter dito a verdade no depoimento dado à Polícia Federal.

Quando os investigadores perguntaram “se (ela) realizou depósito em espécie na conta de sua irmã Giselda Rousie de Lima - inclusive no ano de 2015 - ou por meio de terceiros”, Marice afirmou que não.

Mas para sustentar o pedido de prisão preventiva, os procuradores apresentaram imagens do sistema de segurança do banco em que Giselda, mulher de Vaccari, tem conta. As imagens são de dois dias diferentes e mostram uma mulher muito parecida com Marice fazendo operações bancárias em um caixa automático.

Primeiro, ela aparece esperando na fila do caixa. E depois, realizando depósitos. Segundo os registros do banco, as imagens batem com o momento em que o dinheiro entrou na conta corrente de Giselda. Tudo indica - dizem os procuradores - que Giselda, a mulher de João Vacari - recebe uma espécie de mesada de fonte ilícita paga por Marice. Neste contexto, a prisão preventiva de Marice é imprescindível para a garantia da ordem pública e econômica, pois está provado que há risco concreto de reiteração delitiva.

Cabe ao juiz Sérgio Moro decidir se aceita ou não os argumentos do Ministério Público Federal para que Marice fique presa por tempo indeterminado. O advogado de Marice negou as acusações e disse que vai aguardar a decisão do juiz.

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