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'Arrume um emprego', diz juiz britânico a mulher que pleiteava pensão de ex-marido milionário

Mulher de 51 anos teme não ter condições de arcar com despesas dela e das filhas
A corte de apelação é instalada na Royal Courts of Justice, em Londres Foto: Reprodução/Google Maps
A corte de apelação é instalada na Royal Courts of Justice, em Londres Foto: Reprodução/Google Maps

LONDRES - A ex-mulher de um milionário foi orientada por um juiz a conseguir um emprego. Tracey Wright, de 51 anos, que atualmente mora em uma casa avaliada ao equivalente a R$ 2 milhões em Newmarket, no Reino Unido, recebeu a notícia de que não tem mais direito a viver do dinheiro de seu ex-marido.

A instrutora de equitação e mãe de dois filhos optou por não procurar trabalho remunerado quando se separou do cirurgião equino Ian Wright, há sete anos, após 11 anos de casamento.

Pais divorciados com crianças com mais de 7 anos devem, pelo menos, tentar encontrar um emprego em tempo parcial, disse o juiz Pitchford, na Corte de Apelação. A filha mais nova, que vive com Tracey, tem 10 anos, e a mais velha estuda num colégio interno.

Em 2008, a casa de campo do casal, de sete quartos e 16 hectares, foi vendida por mais de R$ 5 milhões e os lucros foram divididos.

O ex-marido de Tracey, de 59 anos, administra um hospital de cavalos em Newmarket que já realizou cirurgias em antigos vencedores de competições importantes. Ele e a ex-mulher se separaram em 2006, antes de se divorciar.

Tracey continua mantendo estábulos para seu cavalo e pôneis de sua filha e recebe R$ 333 mil para as despesas anuais com o colégio da filha do ex-marido.

Os pagamentos feitos por Wright a Tracey, que alega estar preocupada em não ser capaz de arcar com as despesas, vão reduzir ao longo de cinco anos até serem interrompidos.

Mantendo uma decisão anterior do juiz Lynn Roberts no ano passado, Pitchford disse que Tracey "apenas deve ir em frente" e encontrar um trabalho como "um grande número de outras mulheres com as crianças".

Ele acrescentou que nunca houve um entendimento ou orientação de que o ex-marido deveria fornecer a ela uma renda para toda a vida, e negou provimento ao seu recurso contestando um corte nos pagamentos.