Torcedor do São Paulo

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por Daniel Perrone

Moumbi, São PauloNação do Maior do Mundo;

Para um clube de futebol, o que vale mais? Um estádio cheio com um valor baixo de ingresso ou um estádio com metade do público porém com renda igual ao de casa cheia?

Para mim e para a grande maioria dos torcedores não só do São Paulo mas de todos os clubes do Brasil, essa é uma resposta simples. Mas não parece ser a lógica usada pelo Tricolor neste ano.  

O clube trocou o posicionamento do ‘gelo polar ao calor desértico’ ao mudar a política de preços nas arquibancadas. Os preços populares foram substituídos por uma ação “ame-o ou deixe-o” sem opção para o torcedor: ou ele vira sócio-torcedor e usufrui de preços mais justos ou paga o alto valor sugerido.

Não sou contra o incentivo a quem se dispõe a ajudar o clube pagando uma mensalidade fixa. O São Paulo, bem como os outros clubes brasileiros, tem que entender que a renda dos sócios é uma grande receita a ser explorada. Mas o clube não pode simplesmente dar apenas essa saída aos seus torcedores. Ou mesmo que dê, ele precisa dar benefícios melhores que os atuais presentes nos planos, além de oferecer todas as formas de pagamento no plano e nas bilheterias.

Quando penso em benefícios, não falo em doação de camisa como era antigamente. Essa não é a obrigação do clube, que conta com a Netshoes, um parceiro consolidado na logística de envio, tirando o antigo peso de ter que estocar produto e não conseguir atender a demanda com qualidade. O ST tem desconto na Netshoes para todos os sócios e isso já é uma boa vantagem. Mas falo de algo mais palpável e presente: sistemas de milhagens e pontos já consolidados no mercado. Eu tenho planos como o KMs de Vantagens do Ipiranga, as milhas da TAM e Smiles e o plano “Mais” do Pão de Açúcar e usufruo mensalmente dos benefícios destes projetos. É palpável e consolidado. Atrelar o pagamento mensal do ST a algum deles planos já ajudaria muito.

Outro ponto importante é contar com um site de vendas eficiente. Ainda bem que os diretores reconheceram publicamente a grande falha de lançar as pressas um novo sistema sem praticamente nenhum teste adequado. Agora é trabalhar duro para que os sócios e o torcedor comum não sejam mais prejudicados. Tenho certeza que os aproximadamente quinze mil novos sócios que se cadastraram entre a apresentação de Centurión e a terça passada não estiveram presentes na sua totalidade no jogo de quarta porque não conseguiram comprar seus ingressos. Fora os que foram mais de uma vez as bilheterias e não compraram pelas limitações de uso de cartão de crédito.

Particularmente eu teria contado com uma empresa já consolidada no mercado nacional como a Ticketmaster, Ingresso Fácil ou até mesmo a permanência da Total Acesso. Mas acredito que as coisas se resolverão em breve. Voltando ao ponto principal do texto, o clube tem estádio próprio e não precisa ‘competir’ com os preços das Arenas, que extorquem os torcedores para pagar os juros das Construtoras, verdadeiras proprietárias do espaço. Penso que o SPFC perde a grande oportunidade de popular seu lindo estádio e usar a força da torcida presente no Morumbi para conseguir bons contratos de publicidade e até melhorias como a cobertura e o estacionamento. Esse sim seria o caminho.

Não seria lindo o Morumbi com arquibancadas a R$ 40,00, um plano de Sócio com 50% de desconto nos bilhetes e benefícios acumulados aos seus torcedores? Além de argumentos sólidos para contratos com empresas dispostas a promover seus produtos e serviços, o clube teria a volta da uma torcida presente, fidelizada e ainda mais apaixonada.

Saudações Tricolores!

Imagem: Site Oficial

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SOBRE A PÁGINA
Daniel Perrone, 42 anos, publicitário, é sócio e diretor de criação da Diretta desde 1999, tendo passado por agências como a DPZ, McCann Erickson e Foote, Cone & Belding. É sócio torcedor, colaborador do clube e autor do livro TRI Mundial, um registro oficial do mundial de clubes de 2005, conquistado pelo Tricolor no Japão. @danielperrone