CHICAGO— Três companhias aéreas americanas proibiram o transporte de leões, leopardos, elefantes, rinocerontes ou búfalos mortos por caçadores. A decisão de não carregar mais espécies do chamado “Big 5”, os cinco animais mais desejados nos safáris da África, foi tomada pelas companhias Delta Airlines, United Airlines e American Airlines após a morte do leão Cecil, assassinado pelo caçador americano Walter Palmer.
A Delta Air Lines, única companhia aérea americana a fazer voos diretos entre Estados Unidos e Joanesburgo, na África do Sul, revelou que também irá rever política de aceitação dos chamados “troféus de caça” com agências governamentais e organizações que apoiam o transporte legal dos animais mortos.
Mesmo antes da morte do leão Cecil, ativistas já haviam pedido às grandes companhias aéreas que interrompessem o transporte de espécies ameaçadas de extinção mortas por caçadores. Aproximadamente 400 mil pessoas assinaram uma petição on-line no site Change.org, organizada por um cliente da Delta, solicitando à companhia que parasse de transportar troféus de caça.
A Lufthansa Cargo, por exemplo, decidiu no início de junho que não faria mais o transporte, mesma postura tomada em maio pela Emirates SkyCargo. Embora a maioria dos animais mortos seja transportada por navio, os caçadores enfrentarão mais dificuldades para pendurar um troféu de caça sobre a lareira.
A South African Airways também havia seguido o embargo das outras companhias, a fim de identificar documentações falsas de permissão para a caça, mas reverteu a decisão há duas semanas, alegando que o Departamento de Assuntos Ambientais concordou em reforçar as inspeções e reprimir autorizações mentirosas.
O Zimbábue pediu a extradição do caçador Walter Palmer, que matou o leão Cecil ilegalmente. O leão de 13 anos era monitorado por um colar GPS e era observado por pesquisadores da Universidade de Oxford.