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Thaísa é preocupação de Bernardinho na final: "Não entro na mente dela"

Técnico do Rio de Janeiro elogia espírito guerreiro e confiança da central do Osasco e a compara com Giba; título da Superliga será disputado domingo, na Arena da Barra

Por Rio de Janeiro

Aquele olhar imponente e desafiador vem de longe, e Bernardinho conhece bem. Já contou com Thaísa ao seu lado, mas nas últimas temporadas aprendeu o quanto é difícil tê-la como adversária. Embora ressalte a qualidade de todas as jogadoras do Osasco, é a central de 1,96m quem mais preocupa o técnico do Rio de Janeiro na final da Superliga. A decisão será neste domingo, às 10h15, contra o Osasco, na Arena da Barra.  A TV Globo e o SporTV transmitem. O GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real, com vídeos.

Bernardinho Rio de Janeiro vôlei (Foto: Alexandre Arruda/CBV)Bernardinho conversa com jogadoras antes do treino na Arena (Foto: Alexandre Arruda/CBV)


- É a maior referência do time e sei a personalidade dela. É uma jogadora que vai para dentro, tem espírito de guerreira. Não entro na mente dela. É aquela jogadora que tem um olhar de quem se garante, tem isso de decidir, de ir na levantadora e pedir a bola. O Giba tinha isso - elogia.

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Bernardinho lembra que na última partida em que mediram forças, sua equipe venceu por 3 sets a 2, mas Thaísa foi responsável por 25 pontos. Sabe o que a força dela, combinada à boa fase de Dani Lins, pode representar. A levantadora, que ficou pouco mais de um mês fora da competição por conta de problemas nas costas, também é alvo de elogios do treinador.

- Ela tem um arsenal de possibilidades muito grande. É uma jogadora que faz a diferença. Fez coisas impressionantes na semifinal e faz as centrais jogarem. Com ela, o Osasco é outro time. Embora a Fofão, historicamente, seja a maior levantadora, a Dani é hoje a melhor do Brasil. É mais jovem, titular na seleção brasileira e deu ao Osasco uma condição de chegada incrível.

Thaisa Osasco Top Volley (Foto: João Pires/Fotojump)Thaisa é a referência da equipe de Osasco (Foto: João Pires/Fotojump)

E mesmo que o Rio de Janeiro tenha sofrido apenas uma derrota em 23 jogos - e que tenha se surpreendido com o feito -, Bernardinho ressalta que neste momento isso não fará mais diferença. 

- A gente sempre espera que seja boa uma campanha, pelo equilíbrio da Superliga. Quando começou a temporada, estavam no grupo que brigaria pelo título Rio de Janeiro, Sesi-SP, Osasco e Praia Clube. Com a chegada da Jaque, o Minas cresceu e também entrou nele. Então, ninguém sabia que a final seria Rio de Janeiro contra Osasco. Não fugiu muito do roteiro, mas eu esperava que fosse haver mais perde e ganha. Não esperava que fôssemos ter só uma derrota (3 a 2 contra o Sesi-SP). Mas isso não adianta muito porque agora é tudo ou nada. É um novo momento, e o passado acaba não contando. Enfrentaremos um time experiente, com campeãs olímpicas e que mostrou crescimento. Mas fizemos uma campanha muito positiva e estamos em mais uma final. Ninguém faz milagre para chegar a mais uma. A gente trabalha, lapida, acredita na força do grupo e chega lá.

O próximo passo é tentar assegurar o lugar mais alto do pódio pela décima vez e ver Fofão encerrar sua carreira na Superliga de forma perfeita.

 - Não há tristeza porque ela está feliz, serena. E o time também. Ela sofre mais fisicamente para jogar e treinar. Tem 45 anos. Mas não há angústia. Fofão está sempre sorrindo, vai terminar a carreira e vamos recordar tudo o que nos trouxe. Fiz até um apelo para o pessoal do Osasco tentar facilitar as coisas (risos).