Considerada a maior preocupação dentre todas as obras de equipamentos esportivos do Rio 2016, a construção do velódromo ganhou um novo problema. Nesta quarta-feira, técnicos do Ministério do Trabalho fizeram uma visita técnica no local e constataram irregularidades no que diz respeito à segurança dos operários que trabalham na escavação do subsolo. Com o diagnóstico, as obras foram interrompidas somente neste local até que a RioUrbe (Empresa Municipal de Urbanização) e a Tecnolosolo Serviços de Engenharia (responsável pela obra) encontrem uma solução. A construção do velódromo está atrasada em relação às demais estruturas que estão sendo erguidas no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca.
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- Para cumprir o pedido do MT,
as atividades, nesse ponto específico, precisaram ser interrompidas. Nas
outras áreas o trabalho prossegue normalmente. A solicitação será atendida até
amanhã, às 13h, como estipulado pelo Ministério do Trabalho à empresa Tecnosolo
Serviços de Engenharia - informou a RioUrbe, através de nota oficial.
Procurado pelo GloboEsporte.com, o Ministério do Trabalho afirmou que além dos problemas na rampa de fuga, foi verificada "a ausência de proteção coletiva nos locais com
risco de queda de trabalhadores, falta de
acesso seguro, acúmulo de material na borda dos taludes, inexistência
de projeto de escavação e falta de escoramento, além de laudo técnico
que comprovasse a estabilidade dos taludes."
Outra obra do Parque Olímpico que apresentou problema foi a Arena de Tênis. Segundo o Ministério do Trabalho, a falta de guarda-corpo (mureta de proteção) no último andar da
arquibancada para 10 mil lugares coloca em risco a segurança dos operários. A obra foi embargada até a instalação do material. De acordo com a RioUrbe, o problema será resolvido até sexta-feira.
A arena de tênis começou a ser construída em novembro de 2013, com recursos do governo federal e
execução da prefeitura. A quadra principal terá capacidade para 10 mil
lugares, a 2 para 5 mil e a 3 para 3 mil. A sete quadras menores terão
capacidade para 250 pessoas. Outras seis serão para aquecimento. O
evento-teste será em dezembro de 2015.

Já o velódromo, que abrigará as competições de ciclismo e paraciclismo de pista, terá capacidade para 5 mil espectadores, sob um investimento de R$ 118,8 milhões. O evento-teste será em março de 2016, e o local fará Centro Olímpico de Treinamento (COT) após as Olimpíadas e Paralimpíadas do Rio.
confira a nota oficial da riourbe
A RioUrbe esclarece que as obras do Velódromo Olímpico não
estão paralisadas. Durante visita ordinária realizada nesta quarta-feira
(29/04), os auditores do Ministério do Trabalho pediram melhorias na inclinação
da rampa de fuga utilizada pelos operários na escavação do subsolo do velódromo. Para cumprir o pedido do MT,
as atividades, nesse ponto específico, precisaram ser interrompidas. Nas
outras áreas o trabalho prossegue normalmente. A solicitação será atendida até
amanhã, às 13h, como estipulado pelo Ministério do Trabalho à empresa Tecnosolo
Serviços de Engenharia.
Na arena de tênis, o Ministério do Trabalho emitiu
notificação alertando para a falta de guarda-corpo no último andar da
arquibancada para 10 mil lugares. As obras nesse ponto foram
suspensas até a instalação do material, o que será resolvido entre amanhã e
sexta. Os demais serviços na Arena, no nível zero estão em
andamento normalmente, como alvenaria, instalações. As interrupções
não impactam no cronograma de entrega
das obras Olímpicas.
veja a nota do ministério do trabalho
Auditores
da SRTE/RJ verificaram risco grave e iminente à integridade física dos
trabalhadores em obras do Complexo Olímpico
e decidiram, nesta quarta-feira (29) pela interdição do serviço de
escavação na obra do velódromo e embargo da obra da arena de tênis 1.
No
velódromo foi verificada a ausência de proteção coletiva nos locais com
risco de queda de trabalhadores, falta de
acesso seguro, acúmulo de material na borda dos taludes, inexistência
de projeto de escavação e falta de escoramento, além de laudo técnico
que comprovasse a estabilidade dos taludes. Também foram interditados a
serra circular e a betoneira do canteiro de
obras.
Na arena de tênis houve o embargo total da obra, por falta de proteção contra quedas em diversos pavimentos, aberturas
de piso e vãos de elevadores e escadas de acesso desprotegidos.
A empresas responsáveis pela obra foram notificadas a apresentar documentação e deverão sanear as irregularidades para
que os serviços sejam liberados. Durante a paralisação dos serviços, os empregados devem receber como se estivessem em efetivo exercício.