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Medina diz que não se importa com a pressão dos gigantes Slater e Fanning

Líder do Circuito Mundial, brasileiro de 20 anos afirma não sentir peso antes da decisão do título: "Estou preparado e tranquilo. Não me preocupo com ninguém"

Por Direto de Oahu, Havaí

O sonho de conquistar para o Brasil o inédito título mundial foi adiado para o Pipeline Masters, no Havaí, a última etapa WCT. Líder, Gabriel Medina tem apenas dois rivais na briga pelo caneco, no entanto, trata-se de dois gigantes. De um lado está a sua maior ameaça, o australiano Mick Fanning, tricampeão do mundo (2007, 2009 e 2013), com quem dividirá a casa. Do outro lado, com menos chances, está o americano Kelly Slater, dono de 11 títulos mundiais. Nada que abale o surfista de 20 anos, que garantiu não sofrer com a pressão. Confiante, ele diz estar tranquilo. A janela de espera do Pipe Masters começa na segunda-feira e vai até dia 20 de dezembro.

Surfe Gabriel Medina Pipeline Havaí (Foto: ASP)Medina treina em Pipeline antes da última etapa do Mundial (Foto: ASP)


 - Estou preparado e tranquilo, não me sinto pressionado ou nervoso. Na real, eu não estou pensando no Mick e no Kelly, não me preocupo com ninguém. Eu sei que só dependo de mim para ser campeão mundial, por isso, vou focar em mim. A pressão está em cima deles. Estou me sentindo bem e vou ganhar esse título. Esta será a etapa mais importante da minha vida, e a minha fé é a última que morre. Vai dar tudo certo. Deus sabe o que faz - disse.

Surfe Gabriel Medina Pipeline Havaí (Foto: ASP)Gabriel Medina lidera o ranking mundial (Foto: ASP)

Apontado como um dos mais talentosos surfistas brasileiros de todos os tempos, o paulista de São Sebastião é o único que pode ser campeão mundial sem depender de outros resultados, basta chegar à final em Pipeline. Se cair nas quartas, será campeão se Mick Fanning não vencer a etapa havaiana. Para tirar Slater da briga pelo título, Medina precisará avançar à quarta fase. Nas 11 etapas do WCT até o momento, Gabriel venceu três: Gold Coast, na Austrália, Tavarua, em Fiji, e Teahupoo, a mais temida bancada de corais do mundo, no Taiti.

Kelly Slater Gabriel Medina WCT Taiti (Foto: Reprodução Instagram)Kelly Slater e Gabriel Medina no pódio no Taiti. Surfistas estão na briga pelo título mundial (Foto: Reprodução Instagram)

O jovem de 20 anos ainda não tem noção da dimensão do seu título traria para o surfe mundial, afinal, não seria apenas o primeiro do Brasil, e sim da América Latina. Além disso, após a humilhante eliminação da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, assim como as derrotas nos Mundiais de vôlei e basquete, boa parte das esperanças foi depositada no surfe. Mas o garoto que carrega um país nas costas vê o apoio como motivação.

- Não vejo como pressão, o apoio das pessoas me motiva, é uma energia positiva que me carrega e me leva para frente. Ainda não parei para pensar no tamanho do feito desse título. O Brasil nunca teve um campeão mundial no surfe e isso significa muito. Acho que isso vai ajudar o esporte, fazer com que outras pessoas escolham seguir no surfe. E ser campeão mundial em um ano difícil vai ser especial. Perdemos a Copa, o vôlei e o basquete também perderam... Acho que o título vai ser bom para todo mundo - analisou Gabriel. 

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o que medina precisa para ser campeão mundial

- Se Medina perder na segunda (25º) ou na terceira fase (13º) em Pipeline, precisa torcer para Slater não vencer a etapa, e Fanning não chegar às semifinais. Caso Fanning pare nas quartas, os dois farão uma bateria homem a homem para decidir o caneco.
- Se perder na quinta fase (9º), tem que torcer para Mick não chegar à final.
- Se perder nas quartas (5º) ou nas semis (3º), tem que torcer para Mick não vencer a etapa.
- Se chegar à final, conquista o título, independentemente do resultado de Mick.

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