Edição do dia 05/12/2014

05/12/2014 09h13 - Atualizado em 05/12/2014 09h13

Aplicativo ajuda caminhoneiros e empresas a encontrarem frete

Muitos caminhoneiros cruzam Brasil sem carga, mas aplicativo pode ajudar empresas, motoristas e até consumidor.

Muitos caminhoneiros ainda cruzam o Brasil com os caminhões vazios por falta de carga, mas agora um aplicativo pode ajudar empresas, motoristas e até o consumidor.

Mais de 24 horas de braços cruzados: o caminhoneiro Helto Oliveira chegou de São Paulo com um carregamento de ferro e precisa de outro serviço para voltar para casa. “Enquanto não acha um frete para ir para outro destino, a alimentação e as despesas da gente vai aumentando a cada dia que passa”, conta.

Muitas vezes a espera é longa, demora dias, e quem não pode ficar parado acaba voltando para casa com o caminhão vazio. O motorista tem que arcar com custos de combustível e pedágio. Tudo o que ele ganhou para fazer a viagem vai embora. Perde o profissional e perdem as empresas que reclamam da falta de mão de obra.

O empresário Bruno Gregório fez uma pesquisa com mais de 500 caminhoneiros que passavam por Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e descobriu que a maioria já teve prejuízo esperando uma carga. Assim surgiu a ideia de criar um aplicativo.

Em vermelho aparecem os veículos disponíveis e em verde os serviços de frete. “Quando ele chega em uma cidade, ele fala: ‘Estou livre’. Quando ele esta livre, automaticamente, o sistema pega todos os fretes que são de acordo com o veículo dele e apresenta”, explica.

Já são 2,5 mil caminhoneiros cadastrados de graça. As empresas precisam pagar uma mensalidade. “Antigamente a gente gastava, em média, de 12 a 15 horas para estar achando esse veículo. Hoje com os aplicativos, em média, de duas a três horas”, diz o gerente comercial Emilio da Silva Santos.

“Um aplicativo desse que traga, por exemplo, de 10% a 20% de ganho, representa na ponta para o cliente que vai pagar o valor de um produto uma economia bastante significativa”, explica o especialista em tecnologia Hélio Soares.

Há 35 anos na estrada, o caminhoneiro Gilberto está se adaptando à novidade. “Falando a gíria popular de caminhoneiro, é uma mão na roda para gente”, diz.

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